Autoria: Paul Czege
Editora: Half Meme Press
Experiência: Nenhuma. Só li o livro e fiz esse personagem. Acho difícil eu conseguir colocar esse jogo em mesa algum dia, ainda mais da forma como ele foi criado para ser jogado.
Livros usados: Só o básico mesmo.
Em My Life With Master os jogadores são servos de um mestre sombrio vitoriano no melhor estilo Drácula ou Dr. Frankenstein (que não é o monstro, mas todos sabemos que é o monstro). Quando soube sobre esse jogo pela primeira vez e de sua proposta eu imaginei que se tratava de um jogo de comédia, mas não a proposta do jogo é de terror onde você é um serviçal de um mestre maligno que te esculacha e te rebaixa enquanto você é odiado pelos habitantes do vilarejo ao redor. Sinceramente não vejo um grupo que queira jogar esse jogo a sério.
Se algum dia, por acaso, eu vier a colocá-lo na mesa será ou em clima de comédia ou terrir, algo meio no estilo Frankenstein de Mel Brooks (um crásssico).
Mas, por ora, vamos fazer um servo das trevas.
Passo Zero: Criando o Mestre. Antes de criar um servo é preciso criar um mestre. Normalmente essa é uma atividade em grupo feita na sessão zero. Ou trazida pelo mestre (o de jogo, não o das trevas) no caso de uma oneshot.
Eu quero me basear no supracitado Frankenstein de Mel Brooks, indo para o lado do terrir, mas também quero me inspirar em Frankweenie, que tem uma ótima pegada na direção que eu quero, e Pet Cemetery, não o livro que eu nunca li ou o filme que eu nunca via, mas a música que eu escutava muito na minha adolescência. Rs
Meu mestre (das trevas, não de jogo.. acho que vocês já entenderam) sempre foi um homem solitário e incompreendido até arrumar um cachorro que era o centro da sua vida. Infelizmente o cachorro morreu devido à idade avançada e o mestre está tentando achar uma forma de ressuscitá-lo. Para isso ele faz experimentos com os animais mortos do vilarejo próximo. Quando der merda (porque, com certeza, vai dar) imagino uma horda de bichinhos zumbis atacando o castelo e o vilarejo.
Seu nome é dr. Rott Wagner, uma piada com Rottweiler que uma amiga me contou a pouco tempo e eu resolvi aproveitar aqui. rs
Eu preciso escolher um arquétipo para ele. As opções são Brain ou Beast. Com certeza ele é um Brain.
A seguir eu decido seus Needs e Wants. Needs são o que ele precisa do vilarejo e wants é o que ele quer do mundo exterior.
Acho que Dr. Wagner Needs novos corpos de animais para seus experimentos e o que ele Want é o reconhecimento de sua genialidade pela comunidade científica que o considera louco por desafiar os limites da morte apenas por um cachorro.
Agora eu escolho um dos quatro Tipos para o mestre: As opções são Feeder, Breeder, Collector e Teacher. O Breeder encaixa logo de cara, por ser um “criador de vida”. Dr. Wagner está tentando recriar a vida de seu animalzinho morto, Francis.
Por fim (pensando se eu deveria ter quebrado isso em partes), preciso decidir o nível de Fear e Reason de Dr. Wagner. Fear representa o quanto ele ameaça as pessoas do vilarejo e Reason quanta influência o vilarejo tem em seus minions e quão longo será o jogo. Isso é decidido em grupo, mas como sou só eu, eu decido que Fear começa em 3 e Reason em 1 e seguimos o baile.
Passo Um: Conceito. Apesar desse passo não estar no livro vocês já devem saber do quanto eu gosto de começar por ele. Minha ideia de um minion é de um coveiro, alguém que localiza animais recém-mortos, desenterra e leva para o Dr. Wagner. Seu nome é Welpe. E isso já é suficiente por agora.
Passo Dois: Atributos. My Life With Master usa dois atributos: Self-Loathing e Weariness, para vocês verem como é um jogo leve. O primeiro diz quanto meu personagem se vê como um monstro e me ajuda a agir de forma violenta contra os aldeões, já o segundo me ajuda a resistir ordens do mestre e a me defender de violência. Eu tenho 3 pontos para distribuir entre os dois. Acho que vou colocar 1 em Self-Loathing e 2 em Weariness. Basicamente ele é um pau mandado que se atrapalha com violência e o povo da vila pode achá-lo fofinho (ou algo assim).
Passo Três: Mais que Humano e Menos que Humano. Demorei muito tempo pensando nisso aqui. Pra falar a verdade eu me dei uns meses longe desse projeto pra arejar a cabeça e lidar com umas mudanças na minha vida. Mas vamos lá.
Mais que Humano e Menos que Humano é como você cria uma vantagem e uma desvantagem únicas para seu personagem nesse jogo. Ambas precisam vir com uma exceção para quando sua característica sobre-humana ou sub-humana não funcionam. Originalmente eu tinha pensando em dar a Welpe uma habilidade para localizar os animais mortos para seu mestre, mas pensei melhor e acho que uma habilidade de infiltração faz mais sentido. Então, para Mais que Humano:
Ninguém o vê, exceto quando procuram especificamente por ele
O que vai funcionar muito bem para invadir casas onde animaizinhos foram enterrados, mas não vai adiantar muito para fugir da turba com tochas e forcados que inevitavelmente virá atrás dele em algum momento. Não é bem uma invisibilidade, é mais algo como se as pessoas não reconhecessem a presença dele. Parecido com o que algumas pessoas fazem com mendigos e varredores de rua no dia a dia, sabe?
Para o Menos que Humano pensei em:
Seu sorriso causa repulsa, menos nos animaizinhos
Ou seja, toda vez que Welpe tentar ser visto e tentar ser amigável, ele encontrará repulsa das pessoas, mas não dos animaizinhos. Talvez por isso ele seja tão devoto aos projetos do Dr. Wagner para restaurar esses seres a vida. E pode entrar em conflito com a necessidade de novas cobaias quando ele não conseguir mais corpos para tal…
Passo Quatro: Conexões e Amor. Por fim, eu tenho duas Conexões com pessoas na vila. Ao longo do jogo a proposta é que meu minion tentará se aproximar e fortalecer essas conexões a fim de ganhar pontos de Amor que podem ajudá-lo a ter um final menos infeliz quando a resolução do jogo acontecer. Os exemplos do livro são bem creepy, como é o tom do jogo em geral. Deixa eu ver se ainda consigo pensar em algo que puxe para um lado mais tragicômico que me é mais agradável.
A primeira Conexão é com uma senhora cega que vive no limiar do vilarejo. Ela é a única pessoa que trata Welpe com gentileza. Talvez por ser cega ela não é afetada pela característica “Menos que Humano” dele. O nome dela é Ethel.
A segunda Conexão é com um cachorrinho que o acompanha e costuma mediar a relação dele com outras pessoas. Ao ver o pequeno picareta, nome do cachorrinho, as pessoas conseguem segurar seu repúdio a Welpe e até o notam quando ele quer ser notado.
Ele começa com Love zero e é isso.
Welpe está pronto para audar o Dr Wagner em sua pesquisa para trazer os animaizinhos de volta a vida.
No tempo que fiquei sem terminar esse personagem descobri que uma amiga curte esse RPG. Se um dia ela resolver mestrar talvez eu use esse personagem só pra ter uma percepção melhor se esse jogo vale a pena mestrar.
___________________________________________________-
Welpe
Master: Dr. Wagner
Self-Loathing: 1
Weariness: 2
Love 0
More than Human: Ninguém o vê, exceto quando procuram especificamente por ele
Less than Human: Seu sorriso causa repulsa, menos nos animaizinhos
Conections:
- Ethel, a senhora cega que vive nos arredores do vilarejo.
- Picareta, o cãozinho que vive no cemitério.
Master: Dr. Wagner
Self-Loathing: 1
Weariness: 2
Love 0
More than Human: Ninguém o vê, exceto quando procuram especificamente por ele
Less than Human: Seu sorriso causa repulsa, menos nos animaizinhos
Conections:
- Ethel, a senhora cega que vive nos arredores do vilarejo.
- Picareta, o cãozinho que vive no cemitério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário