quarta-feira, 13 de outubro de 2021

RPG - Harder They Fall - Jessie, B1Y e Perry


Jogo: Harder They Fall
Sistema: É meio que inspirado em PbtA.
Autoria: Minerva McJanda.
Editora: UFO Press.
Experiência: Ainda não consegui jogar, mas estou ansioso para isso.
Livros usados: O único que existe.
Nos últimos tempos eu tenho conhecido sistemas de rpg independentes (os famosos Indies) com mecânicas curiosas que vão desde sistemas não-aleatórios, passando por sistemas que usam cartas (normais ou especiais) até jogos que usam torres de blocos. Harder Thay Fall é um dos jogos de rpg que eu conheci que usa dominós como sistema de resolução de ações. E, sim, eu estou falando no plural.
O princípio desse jogo é um embate entre duas forças em um combate épico. Isso é representado por linhas de dominós enfileirados em um campo de batalha na mesa. Infelizmente ainda não consegui colocar esse jogo na mesa por motivos de estar respeitando o isolamento social em meio a pandemia (#vemvacina).
O sistema também é gm-less e desenhado para duas pessoas ou para dois grupos de pessoas (tecnicamente um duet, mas pode ser jogado por dois grupos em vez de duas pessoas). A cada turno você pode escolher entre pegar um dominó da pilha e acrescentar a uma das linhas no campo de batalha ou derrubar a linha representando o seu combatente, simbolizando um ataque e a destruição causada. Os números nos dominós e na quantidade de peças derrubadas tem significados no sistema de jogo. A partir da ação e dos números o jogador narra o que acontece na batalha. Deu pra notar porque estou louco para jogar esse troço? :-)
Mas aqui sou só eu então vamos montar um personagem.

Começando eu preciso primeiro decidir duas coisas:
1) Que tipo de Conflito vamos representar?
2) Qual a fonte de poder dos combatentes.
Eu acho que, para esse personagem, eu vou representar um combate de mechas e kaijus. Algo no estilo Pacific Rim ou coisa similar. O que também me dará a chance de criar dois personagens diferentes para esse jogo. Vou considerar que o poder das mechas vem de tecnologia super avançada e dos kaijus vem de radiação interdimensional.

Criando Seu Combatente:
Vamos começar com minha piloto e seu mecha (sua mecha? Mechas são masculinos, femininos ou gêneros neutros? Não faço ideia!).

Passo Um: Conceito. Quando os kaiju vieram dos misteriosos buracos que apareceram por toda a superfície da Terra, Jesse era apenas uma neurocientista estudando sobre redes neurais. Logo ela era recrutada para desenvolver a tecnologia que poderia salvar a humanidade. Quando sua base foi atacada por um dos monstros gigantes, apenas ela, a modelo teste do sistema de alinhamento neuronal, poderia assumir o controle do protótipo B1Y e enfrentar a criatura. Tudo se resume a essa batalha!
Beleza. Ficou legal. Próximo passo é Strengths. O que meu personagem tem para combater seu oponente. Eu crio três aspectos para isso e eles servem para explicar as minhas ações e o posicionamento das peças de dominós durante o jogo. Eles também são de certa forma meus “pontos de vida”, porque quando meu oponente me causa dano (derrubando a minha fileira de dominós com a dele), eu posso perder minhas forças.
Para Jessie e B1Y eu escolho:
Sincronia Perfeita, Jessie foi usada como modelo para o sistema de alinhamento neuronal, então ela e sua mecha funcionam como um único ser.
Mísseis intermináveis, o interior da mecha é como uma fábrica automatizada que vai fabricando mísseis conforme necessário (sim, eu sei que isso é impossível, mas ei! Vocês já viram explicações piores no seu anime favorito).
Para terminar eu quero que B1Y tenha um Canhão Cósmico no peito, que vai ser quase que uma arma final dessa mecha.

Passo Três: Oaths. Porquê eu devo lutar? Isso impulsiona meu combatente e também serve como “pontos de vida” conforme o jogo se desenvolve, podendo se transformar em dúvidas (Doubts, próximo passo). Eu crio três aqui também.
Eu luto por todos os que morreram nas mãos dos Kaiju.
Eu luto para que a humanidade tenha uma chance de sobreviver.
Eu luto porquê não há mais ninguém para lutar no meu lugar.
Ficou bem legal. Jessie é uma heroína relutante, mas ela tem noção da responsabilidade sobre os seus ombros (e seus neurônios).

Passo Quatro: Doubt. Por fim eu escolho uma Doubt. Um motivo pelo qual minha personagem não quer lutar. Meu oponente pode usar minhas Doubts contra mim quando me causa dano e ao longo do jogo eu posso ganhar novas Doubts ou eu posso me livrar das que eu tenho. Para Jessie, a Doubt que eu vejo é:
Eu não sei se sou capaz.
Ela questiona a própria capacidade de vencer e com tanto em jogo isso fica bem pesado.

E essa é a minha personagem para Harder They Fall. Mas como se trata de jogo para dois, vou fazer mais um, agora um Kaiju. O processo de criação de um combatente monstruoso é bem parecido começando com:

Passo Um: Conceito. Desconhecido da humanidade, os Kaiju não atacam a humanidade por maldade. Eles são atraídos aos portais que os levam até a humanidade. Seja por um fenômeno natural, ou sendo usados como armas por uma força de invasão alienígena, as criaturas não tem escolha ao chegarem a Terra além de buscar energias das quais se alimentar para sobreviverem na atmosfera terrestre que é nociva a eles. A criatura similar a um ornitorrinco com tentáculos elétricos apelidada de Perry (saque a referência ;-)) é apenas mais uma pobre vítima em um plano maior.

Passo Dois: Strengths. Novamente aqui eu escolho o que torna meu monstro mais forte. Criando três aspectos que o descrevem:

Tentáculos Elétricos.
Poderes Telecinéticos.
Ausência de Dor.

Passo Três: Hungers. Aqui é que a coisa enfim muda. Em vez de Oaths (juramentos), monstros combatentes tem Hungers (fomes), coisas que eles anseiam ou precisam e que os mobiliza a lutar. Novamente eu crio três desses.
Eu Tenho Fome de Energia Elétrica.
Eu Tenho Fome por Luz do Sol.
Eu Tenho Fome por Destruir Quem me Trouxe a Esse Lugar de Dor.

Passo Quatro: Frailty. Em vez de uma Doubt (dúvida), monstros tem uma Frailty (fraqueza), algo que pode ser explorado por Jessie. No caso de P-RI já que ele é tão ligado a energia, principalmente elétrica acho que uma boa fragilidade seria:
Água e Umidade me Causam Dor.
Talvez ele só precise de um bom banho.

Gostei dos meus combatentes. O legal é que talvez dê para amarrar um jogo ao outro criando uma história. Se Jessie ganhar ela pode descobrir que os Kaiju não tem inteligência ou que estão sendo forçados a vir para a Terra. Se P-RI ganhar talvez a próxima batalha seja com uma mecha de outro laboratório ou de uma raça alienígena que decide ajudar a humanidade. Quem sabe?

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Jessie & B1Y
Strengths:
Sincronia Perfeita
Mísseis intermináveis
Canhão Cósmico
Oaths:
Eu luto por todos os que morreram nas mãos dos Kaiju.
Eu luto para que a humanidade tenha uma chance de sobreviver.
Eu luto porquê não há mais ninguém para lutar no meu lugar.
Doubt:
Eu não sei se sou capaz.

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Perry (Kaiju)
Strenghts:
Tentáculos Elétricos.
Poderes Telecinéticos.
Ausência de Dor.
Hungers:
Eu Tenho Fome de Energia Elétrica.
Eu Tenho Fome por Luz do Sol.
Eu Tenho Fome por Destruir Quem me Trouxe a Esse Lugar de Dor.
Frailty:
Água e Umidade me Causam Dor.


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