Jogo:
Misspent Youth
Autoria:
Robert Bohl
Editora:
Robert Bohl Games
Experiência:
Mestrei uma vez e me diverti horrores. Quero mestrar de novo no
futuro.
Livros
usados:
Misspent Youth: Eyebleed Edition. A versão gratuita do livro básico.
Onde
Adquirir:
A versão gratuita pode ser adquirida aqui.
Há uma outra versão, mais limpa visualmente e que pode ser impressa
no site drivethrurpg.
O
cabeçalho é o mesmo do último post, mas o personagem é outro,
Agora que temos uma Autoridade para enfrentar, vamos criar alguém
para enfrentá-la.
Eu
já tinha uma ideia muito clara sobre a personagem que eu queria para
esse sistema. Primeiro o nome. De início eu pensei em Charlotte, só
que aí fiquei pensando em um sobrenome que fosse legal até que
pensei em Parks, como uma homenagem a Rosa
Parks que
é um símbolo na luta contra a segregação racial nos EUA e esse
ficou. Só que ao juntar os dois nomes pensei que ficaria mais legal
se a personagem tivesse também o nome de uma flor, tanto para manter
a relação quanto pelo símbolo que as flores representaram contra o
autoritarismo nos anos 1960 (sim, a minha cabeça dá voltas nesse
nível). Então resolvi guardar Charlotte para uma personagem futura
e fiquei com Violet Parks.
As
próximas características na ficha são gênero, idade (entre 12 e
17 anos) e aparência. Eu tenho a imagem dela na minha cabeça:
Violet é uma menina negra de doze anos que gosta muito de usar rosa
e os cabelos com space buns (eu tive de pesquisar para descobrir o
nome desse penteado). Não é que ela seja uma “patricinha”, mas
é uma garota típica de doze anos.
Vamos
para as convicções. Esse é o cerne do sistema. Os valores e as
forças do personagem. É preciso escolher três de listas e criar
dois.
Primeiro,
Meios. Como você luta contra a Autoridade? Eu olho a lista é pego
Tough, Resistente. Violet parece frágil, mas ela é dura na queda,
mesmo sem seus poderes mutantes. Para cada vez que cair, ela vai se
levantar de novo. Isso faz com que ela tenha a convicção “vendida”
de Vicious, que eu tenho uma certa dificuldade de traduzir, mas acho
que o mais próximo é Insensível. Se algum dia Violet vender essa
convicção ela não apenas será resistente, ela deixará de sentir
as coisas, naquele famoso discurso “isso não me atinge”, mas
isso a tornará alguém insensível também com os amigos.
Cabe
um parenteses aqui, “vender uma convicção” é uma mecânica que
permite ao jogadores ganharem um conflito com a Autoridade mesmo se
tiverem azar nos dados, mas aos preço das suas convicções se
tornando cada vez mais parecidos com a Autoridade. Quando um dos
jogadores vender a sua última convicção, a campanha acaba e
normalmente não muito bem para este personagem em particular.
Continuando
vamos para a segunda convicção, Motivo. Por que você se levanta?
Em um primeiro momento eu penso em Pride, Orgulho. Mas vejo na lista
Outrage, Ultraje e acho tão mais coerente com a personagem que eu
fico com ele. Sua convicção “vendida” é Wrathful, algo como
Irado, alguém que está sempre com raiva.
A
terceira convicção é Oportunidade. Como você se safa com isso? Eu
olho a lista e penso em Bonita e Rica. Ambas contribuiriam para a
imagem de “patricinha” que citei acima, mas decido ficar com
Trusted, Confiável. Isso representa que a Autoridade não vê muito
uma ameaça nela. Não fazem ideia do quanto estão enganados. A
convicção vendida nesse caso é Believer, algo como Crente (no
sentido de alguém que acredita). Talvez se um dia Violet vender essa
convicção ela passará a ter dúvidas se a Autoridade não está
correta em sua proposta, cada vez mais acreditando nas mensagens da
Igualdade.
As
duas próximas convicções, M.O e Desordem, não possuem uma lista,
mas precisam ser criadas pelo jogador. M.O é Qual a sua
especialidade? ou a forma que o seu personagem luta contra a
autoridade. Na ambientação da Igualdade isso representa os poderes
mutantes dos jogadores, já que o simples fato de serem quem são já
é uma afronta a Autoridade. Para Violet eu decido colocar
Super-Força e Resistência. A imagem de uma menina negra de doze
anos metendo um socão na cara de um supervilão com discurso
autoritário me faz sorrir.
Por
último, a Desordem. Essa é a última convicção que um personagem
pode vender. Quando ele faz isso é game over. Em um primeiro momento
pensei em dar a Violet algo “pavio curto” para essa convicção.
Mas relendo a ficha e pensando no conceito por trás dela vejo que
não se aplica. A imagem que eu tenho é dela se segurando em uma
grade para não intervir em uma situação de bullying e depois
descobrindo ter amassado a grade com os dedos. Ela se segurou por
anos e agora não vai mais aguentar as coisas calada. Então sua
desordem está mais para “BASTA!” ela já teve mais do que o
suficiente.
Então
a ficha ficou assim:
_____________________________________
Nome:
Violet Parks
Gênero:
Feminino
Idade:
12
Aparência:
Uma menina negra de camisa rosa e com space buns nos cabelos crespos.
-
Convicções:
Meios:
Resistente/ Insensível.
Motivo:
Ultraje/ Irada
Oportunidade:
Confiável/ Crente
M.O:
Super-Força e Super-Resistência
Desordem:
BASTA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário