quarta-feira, 11 de junho de 2025

Mil Faces de um RPGista - Dangerous Times Zine - Nathan Eldridge


Jogo: Dangerous Times Zine – Muckrakers and Magic in the Old New York!
Autoria: Michael Bacon
Editora: Acho que é publicação própria, mas o site que tem no ebook está bloqueado.
Experiência: Nenhuma. Ainda não consegui colocar na mesa.
Livros usados: Só o básico. Acho que é o único que existe, inclusive.

Dangerous Times Zine é um RPG sobre jornalismo. Aqui os jogadores são repórteres de um jornal do mesmo nome do RPG vivendo em uma Nova York nos anos 1920 onde a magia retornou ao mundo.
O jogo tem uma estrutura definida que começa com uma escolha de pauta com o editor (como o mestre é chamado aqui, apesar desse ter um papel um pouco diferente de outros rpgs) jogando ideias para as matérias a serem exploradas naquela sessão, seguida pela investigação e a publicação do jornal. Então ele é um jogo focado em oneshots, ou em uma sequência de oneshots.
O jogo funciona apenas rolando d6s. Basicamente um ou dois dependendo da forma como eu faço minhas ações. Ações essas que lembram bastante os “moves” do PbtA e que vão fazendo a história andar e meu personagem ir coletando fatos ou rumores. É preciso tirar de quatro a seis para ter um sucesso, mas tirar um ou seis me coloca em risco.
Um detalhe importante desse jogo é que os jogadores não são heróis. Eles não são resolvedores de problemas. Sua função é investigar e reportar os fatos que eles vão descobrindo. Parece ser um jogo bem interessante no mínimo.

Bom, vamos criar um repórter.

Passo Um: Conceito. Meu personagem, Nathan Eldridge (criado usando o criador de nomes que tem no final do livro) é um veterano da primeira guerra que após voltar a vida civil pulos de emprego para emprego até conseguir um trabalho na dangerous times, começando de baixo como office boy, garoto da correspondência, etc, até se tornar um repórter.
Eu também escolho um truque de magia, já que nos dias de hoje todo mundo sabe algum truque desde que a magia retornou ao mundo desde 1917. Os truques são basicamente truques de mágica, só que reais. Acho que vou querer Escape Artist, capas de me livrar de qualquer armadilha ou amarra. Pode ser útil se Nathan começar a cutucar pessoas poderosas que venham a prendê-lo.
Também anoto a minha credibilidade inicial de 3. Cada vez que eu uso magia para resolver problemas eu perco um ponto de credibilidade e cada vez que eu me atenho aos fatos, eu ganho credibilidade. É uma mecânica interessante. Quanto mais incrível meu personagem for, menos crível ele é. rs

Passo Dois: Escolha uma Beat e um Neighboorhood. Agora eu escolho um Beat, um assunto que meu personagem é um especialista. Também escolho um bairro de New York que meu personagem conhece bem. Acho que Nathan conhece bem o bairro Gas House District, que é um bairro composto basicamente de imigrantes e trabalhadores. Acho que o Beat dele é Gangsters, porque ele conheceu bem o crescimento desses grupos conforme trabalhava em empresas de construção logo ao voltar da guerra. Isso não me dá nenhuma vantagem mecânica, apenas são ganchos para fazer o jogo fluir.

Passo Três: Detalhes Pessoais. Agora eu posso responder até cinco perguntas na minha ficha e quando essas informações podem ser usadas em jogo para me beneficiar ou atrapalhar de alguma forma eu marco a pergunta para dizer que já a usei nesse jogo e ou ganho um +1 no resultado do teste ou recebo um -1, mas ganho um ponto de credibilidade.

Mais do que qualquer coisa, eu… gosto de um trago depois do expediente.
Antes de eu ter esse trabalho, eu… lutei na guerra.
Minha família…tem mais medo de eu morrer hoje do que quando estive na guerra.
Um dia, eu…
O que eu mais temo é...que meu trabalho prejudique a minha família.
O “Um dia, eu…” vou deixar em branco para ser preenchido durante o jogo imaginário. Rs

A última parte do personagem é algo que só pode ser preenchido em jogo. São os riscos. Que seriam um pouco como funciona o dano nesse jogo. Cada vez que eu tiro um ou seis em um rolamento de dados eu ganho um risco na minha ficha. Há seis espaços para riscos, cada um deles ligado a uma face do dado. Digamos que eu tenha “Quebrou a perna” em um. A partir da agora, toda vez que eu tirar um, minha perna será a causa das situações piorarem. Outros exemplos de riscos incluem “sendo seguido” e “estranhas faíscas”, para mostrar que não é apenas dano físico a que isso se refere. Eu reduzo dano fazendo a ação Encarando o Perigo ou a ação Downtime. Mas de início eu começo sem riscos.

Passo Quatro: Monte a Publicação do Dia. O personagem está pronto, mas eu queria falar um pouquinho de uma mecânica que o jogo tem que eu achei muito legal. Ao final da sessão, cada jogador monta um artigo para o jornal, anotando os fatos que foram comprovados em sua investigação. Os jogadores então decidem uma matéria para ser a matéria de capa do jornal naquele dia e montam a ficha da publicação.
Como sou apenas eu, vamos fazer um artigo sobre contrabando de artefatos místicos feitos por gangsters pelo rio Hudson. Eu agora rolo 2d6. Primeiro rolo para ver ser leram minha matéria e acharam ela interessante ou chata. Para isso eu preciso tirar um valor menor do que os espaços vazios na minha trilha de credibilidade/incrível. Depois eu rolo para ver se acreditaram na minha matéria e para isso eu preciso tirar um número menor do que meus pontinhos preenchidos na mesma trilha. Nesse momento os dois números são 3. Vamos lá. Tirei 3 e 3. Ou seja, alguém leu a matéria e acreditou nela. A partir daí eu narro como o chefe de polícia Phillip Friedman leu o jornal e fez uma diligência no armazém onde encontraram os gangsters com a mão na massa tentando mover o contrabando.

Então, está terminado. Nathan Eldridge está pronto para enfiar o dedo na ferida e mostrar a verdade sobre Nova York, doa a quem doer.
________________________________________________________
Nathan Eldridge

Credibility o o o

Neighboorhood: The Gas House District
Beat: Gangsters

Personal Details:
More than anything, you… like one drink after work.
Before you took this job… I fought on the War.
Your familiy… is more afraid of me dying now than I was in the war.
What you fear most… my job harm my family somehow.


Publication
Dangerous Times #1
Circulation: 150.000 readers
Credibility o o o o o
Headline: Gangsters Smuggles Mystic Artifacts in Daylight.
Notes: Police Chief Phillip Friedman read the newspaper and ordered a raid on the warehouse

terça-feira, 10 de junho de 2025

Leituras 2025 - Semana 23


Leituras 2025 - Semana 23
34 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 49%
02 - Ashen Stars (RPG) - Robin D. Laws - 65% 
03 - Root (RPG) - Brendan Conway & Mark Diaz Truman - 77% 
04 - Descolonizando Afetos - Geni Nuñes - 73%
05 - Testament (RPG) - Scott Bennie - 10% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 52% (15)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 50% (04)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 56% (12)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM
25 - Amaranthine - The Cases of Costa Vega (RPG) - Kaitlin Bruder
26 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis
27 - Freiras Renegadas e Suas Máquinas Maravilhosas - Greg Poster
28 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch
29 - Afrofuturismo - Vários Autores
30 - Mork Borg (RPG) - Pelle Nilsson
31 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler
32 - Brindlewood Bay v.2 (RPG) - Jason Cordova
33 - Four Point SRD (RPG) - Tom Fummo
34 - Stewpot (RPG) - Takuma Okada

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Mil Faces de um RPGista - D&D 5e - Alexander Mercer

Era pra ter postado isso semana passada. Fazer o quê? Será um post a menos do que eu tinha planejado para 2025. C'est la vie!

Jogo: Dungeons e Dragons 5a edição
Autoria: Mike Mearls, Jeremy Crawford, Rodney Thompson, and Peter Lee.
Editora: Wizards of the Coast/ Galápagos Jogos
Experiência: Dessa edição específica joguei duas sessões em 2020, pouco antes da pandemia bater. Coincidência?! EU ACHO QUE NÃO!
Livros usados: O Player’s Handbook dessa edição.

Em 2014, saiu a quinta edição do RPG mais antigo e mais famoso do mundo. Depois de quase vinte anos sem uma nova edição antes da terceira, D&D teve duas novas edições no espaço de pouco mais de uma década (três se contamos a 3,5). Essa edição prometia um retorno as propostas e ao feeling das edições passadas e um abandono dos erros da quarta edição (sobre a qual falarei quando ela for sorteada para aparecer aqui).
Como muita gente que começou a jogar RPG nos anos 80 ou 90, eu tive a sensação ao ler esse livro de “nossa, parece o jogo que eu joguei a trinta anos atrás”. Mas enquanto muitos disseram essa frase com entusiasmo nostálgico eu a disse com um certo enfado.
Não me levem a mal, eu acho que a quinta edição é a melhor edição que D&D teve até hoje. Suas regras são mais fluídas e dinâmicas que outras edições, parece-me que a matemática teve algum equilíbrio, mas voltar a ter que ler toda a descrição de uma magia para saber afinal quais são os números do efeito dela me pareceu um retrocesso de alguns avanços que a quarta edição trouxe (e que muita gente não gostou, fazer o quê!?). Não tenho nada contra quem curte (até tenho amigos que curtem rs), e acho que se você que está me lendo e seus amigos gostam e se divertem, vão fundo. Só realmente não é mais o jogo para mim.
Mas eu tenho uma ideia interessante para um personagem que talvez com o mestre certo até me faria pensar duas vezes em jogar essa edição de novo. Por isso…

Vamos fazer um aventureiro.

Passo Um: Escolha uma Raça. Isso me surpreendeu. Em vez de começar com os velhos atributos, o livro propõe que comecemos escolhendo uma raça e uma classe antes de rolar os dados. Isso pode ajudar ir criando o conceito do meu personagem. Vamos ver o quanto isso funciona. Minha raça é humano. Seu nome é Alexander Mercer.
Isso me dá um bônus de +1 em todos Ability Scores e uma linguagem extra. Eu escolho falar Halfling por conta de algumas ideias que tenho para ele.

Passo Dois: Escolha uma Classe. Eu quero fazer um Warlock. Então eu preciso escolher um patrono entre Archfey, Fiend e Great Old One. Apesar de Great Old One ter o potencial para alguns desdobramentos interessantes para o que tenho em mente com esse personagem eu acho que Fiend encaixa perfeitamente no meu conceito.
Isso coloca Burning Hands e Command na minha lista de spells que posso pegar depois e também me dá a habilidade Dark One’s Blessing que me dá uns pontos de vida temporários toda vez que eu matar um inimigo.
Eu tenho proficiências com Light Armor, Simple Weapons, com os saves de Wis e Cha e em mais duas skills. Eu quero Deception e Intimidation.
Eu escolho dois cantrips e duas magias de primeiro nível para minha lista de Spells Known. Dos cantrips eu pego Eldritch Blast (porque é idiotice ser um warlock e não pegar esse cantrip) e Prestidigitation que é bem útil. Agora para minhas magias de primeiro nível eu quero Charm Person e Burning Hands, que é uma das minhas favoritas desde comecei a jogar D&D lá nos anos 90.
Por fim eu começo com Proficiency Bonus +2 e 8 HPs.

Passo Três: Determine seus Ability Scores. Finalmente chegamos. Vamos rolar os atributos porque mais de 30 anos não nos ensinaram que ter o poder de customizar seu personagem em vez de contar com dumb luck é melhor. Pelo menos oficializaram o 4d6, mantém os 3 melhores e distribui como quiser. Eu consigo os valores: 12, 12, 11, 14, 17 e 16. Nada mal. O 17 vai para o Carisma, óbvio. O 16 vai para Wisdom e o 14 para Consitution (o que vai fazer meus HPs subirem para 10). Um dos 12 vai para Intelligence e o outro para Dexterity, deixando o 11 para Strength. Tudo vai aumentar em +1 por conta de eu ser humano oque vai me dar uns modificadores bem legais.

Passo Quatro: Descreva o seu Personagem. Finalmente posso começar a falar de conceito. Alexander é um homem de quarenta e poucos anos, já com algumas entradas no cabelo e de óculos. Seus cabelos e barba estão quase sempre revoltos, o que pode ser desleixo, mas dão a ele um ar meio feral.
Minha ideia para esse personagem é um cara que começou como aventureiro em uma fase adiantada da vida. Alexander era um mercador, alguém que tinha uma vida estabelecida. Ele é um homem viajado, mas não como um aventureiro. Ele chegava nas cidades para fazer comércio, trocar, comprar e vender mercadorias. Fazer contatos. Não para descobrir onde estava o próximo monstro a matar e pilhar.
Um dia, ao retornar a sua mansão, ele a encontrou destruída. Sua única filha ferida além da cura e do alcance dos clérigos, morreu em seus braços. Foi quando uma voz lhe fez uma oferta irrecusável. O demônio a traria de volta a vida, mas Alexander teria de servi-lo. Sendo um negociante cascudo, meu personagem fez uma exigência. Que sua filha estivesse viva e feliz. Seu interlocutor aceitou a condição, mas impôs uma sua. Em troca pela felicidade da filha, Alexander esqueceria tudo sobre ela, exceto seu nome. Então o pacto foi feito.
Alexander agora vaga pelo mundo, unindo-se a grupos de aventureiros e fazendo o serviço sujo que seu patrono lhe exige, sabendo que sua obediência significa que sua filha continua viva e feliz em algum lugar do mundo. Mesmo que ele só se lembre de seu nome, Anna, e de seus olhos. Por algum motivo, o demônio não conseguiu arrancar essa pequena memória e ele a guarda como um tesouro.
Eu vejo esse personagem atuando como um velho ranzinza ao mesmo tempo sendo um “paizão” do grupo. Por mais que negue, Alexander verá seus colegas aventureiros como uma nova família eventualmente. Seria legal, inclusive, que uma das personagens jogadoras o lembrasse de sua filha (talvez seja e ela também não lembre dele, em uma tortura articulada pelo demônio?).
Uma mecânica nova interessante dessa edição são os Backgrounds que dão algumas poucas vantagens mecânicas, mas conferem alguns ganchos de roleplaying. Acho que o que mais encaixa aqui é uma variante do Guild Artisan, o Guild Merchant. Eu ganho proficiency com navigator’s tools e poderia começar com uma mula e uma carroça. Por que não? O nome da mula é Betsy, inclusive. É uma mula velha e talvez a última posse que me sobrou de meus tempos de mercador.

Passo Cinco: Escolha Equipamento. Eu adoro quando RPGs te dão listas de equipamentos prontas para escolher em vez de te forçar a comprar cada itenzinho que pode ou não ser úlil em algum momento da sua vida. Eu escolho:
- Um light crossbow com 20 bolts.
- Um arcane focus. Um medalhão que eu não posso abrir. Talvez haja uma foto da minha filha dentro dele?
- Uma dungeooneer’s Pack
- Armadura de couro, uma arma simples (um quatterstaff está bom) e duas adagas.

Passo Seis: Reunam-se. Agora seria o passo em que eu e os outros jogadores iríamos traçar como nos conhecemos ou como viríamos a nos conhecer em nossa primeira aventura juntos. Mas aqui sou apenas eu, então…

É isso! Alexander Mercer está pronto para embarcar em uma vida de aventureiro, juntando os cacos de sua velha vida e ouvindo os sussurros do demônio sobre como ele mantém sua filha bem enquanto Alex for um servo obediente.
____________________________________________________________
Alexander Mercer
Human
Warlock 1
Guild Merchant Background

Abilities:
Str: 12 / +1
Dex: 13 / +1
Cons: 15 / +2
Int: 13 / +1
Wis: 17 / +3
Cha: 18 / +4

Proficiency Bonus +2
Hit Dice d8
Hit Points 10

Proficiencies: Light Armor, Simple Weapons, Navigator’s Tools, Deception, Intimidation, Wis Save, Cha Save.

Cantrips: Eldritch Blast, Prestidigitation
Equipment: light crossbow with 20 bolts, arcane focus, dungeooneer’s Pack, leather armor, quatterstaff, two daggers

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Leituras 2025 - Semana 21


Leituras 2025 - Semana 21
33 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 41%
02 - Ashen Stars (RPG) - Robin D. Laws - 28% 
03 - Root (RPG) - Brendan Conway & Mark Diaz Truman - 25% 
04 - Descolonizando Afetos - Geni Nuñes - 30%

Contos, Poesias & Artigos*
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 29% (06)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 43% (16)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 52% (13)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM
25 - Amaranthine - The Cases of Costa Vega (RPG) - Kaitlin Bruder
26 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis
27 - Freiras Renegadas e Suas Máquinas Maravilhosas - Greg Poster
28 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch
29 - Afrofuturismo - Vários Autores
30 - Mork Borg (RPG) - Pelle Nilsson
31 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler
32 - Brindlewood Bay v.2 (RPG) - Jason Cordova
33 - Four Point SRD (RPG) - Tom Fummo

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Mil Faces de um RPGista - Shudderspeed - Thelma Munhõez


Jogo: Shudderspeed
Autoria: Richard Kelly
Editora: Auto-publicado em https://itch.io/c/2577346/shudderspeed
Experiência: Nenhuma! Mas fiquei bem curioso.
Livros usados: O básico. Talvez eu faça outro personagem em outro momento com a versão completa.

No momento que esse post for ao ar, dia 21/05/2025, é o aniversário da minha mãe. Ela faleceu em 2021 devido ao caos no sistema de saúde promovido por um genocida e seus devotos. Hoje eu resolvi fazer uma pequena homenagem a ela e catei algum RPG que falasse sobre fotografia, uma das grandes paixões dela. Encontrei esse. Não sei se ela aprovaria, já que não era fã de histórias de terror, mesmo não tendo medo de fantasmas.
Shudderspeed é um rpg esquisito. E quem acompanha o projeto Mil Faces de um RPGista sabe que eu dizer isso tem um baita peso. Os jogadores são fotógrafos exorcistas. Não, você não leu errado. A ideia é que algumas pessoas conseguem banir fantasmas e espíritos malignos ao capturá-los em filmes de fotografia especiais e os jogadores seriam algumas dessas pessoas.
O RPG tem apenas uma página, com uma versão “completa” que inclui vários mini-suplementos que foram sendo adicionados. Não há muitas explicações sobre o cenário, inclusive o sistema está aberto e descobri que já tem, pelo menos, umas 12 versões diferentes cada uma com um cenário próprio.
O sistema, se é que podemos chamar assim, é bem esquisito (por favor refira ao meu comentário acima novamente), o mestre tem um objeto que representa o fantasma ou os fantasmas que serão confrontados na sessão. Sempre que os jogadores forem atacados por um fantasma o mestre balança o objeto na frente deles por uns três segundos enquanto os jogadores tentam tirar uma foto do objeto com seus celulares ou câmeras. Se conseguirem fotografar o objeto, o fantasma recebe dano de banimento. Se gritarem alguma frase do tipo “Desconjuro!” causam mais dois de dano. E é isso. Não há qualquer outra mecânica no jogo além de você usar downtime para recuperar seus “rolos de filme de exorcismo”.

Vamos fazer uma fotógrafa exorcista.

Passo Um: Conceito. Minha personagem Thelma Munhõez (uma homenagem a minha mãe, apesar de eu ter certeza dela reclamar desse “h” no meio do nome dela rs) sempre teve intuições e presságios. Ela também sempre teve fascinação por fotografia e câmeras. Tanto que recebeu do marido de presente de aniversário de casamento uma câmera clássica que ele encontrou em um site online (não conheço câmeras o suficiente para citar o nome de uma aí rs). Mexendo na câmera e tirando uma foto da família ela viu sombras no filme. Intrigada ela digitalizou a foto e colocou em fóruns como ela poderia melhorar a imagem e se livrar dessas sombras. Uma mensagem disse a ela que se tratavam de fantasmas e avisou-a para ter cuidado porque agora ELES sabiam que ela podia vê-los.

Passo Dois: Mecânicas. Eu recebo 3 pontos de vida, 2 rolos de filme de exorcismo e um oculus de câmera (que eu imagino ser da câmera clássica que ela ganhou de presente).

E, bom, é isso!

Como disse, é um sistema de uma página. Em outro momento eu talvez volte para fazer um novo personagem da versão “completa” do sistema. Por agora, deixo essa homenagem com saudades da minha mãe.
____________________________________ 
Thelma Munhõez
HP 3
Banish Rolls 2
Camera Oculus

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Leituras 2025 - Semana 20


Leituras 2025 - Semana 20
33 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 30%
02 - Stewpot (RPG) - Takuma Okada - 72% 
03 - Ashen Stars (RPG) - Robin D. Laws - 01% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 38% (17)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 52% (13)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM
25 - Amaranthine - The Cases of Costa Vega (RPG) - Kaitlin Bruder
26 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis
27 - Freiras Renegadas e Suas Máquinas Maravilhosas - Greg Poster
28 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch
29 - Afrofuturismo - Vários Autores
30 - Mork Borg (RPG) - Pelle Nilsson
31 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler
32 - Brindlewood Bay v.2 (RPG) - Jason Cordova
33 - Four Point SRD (RPG) - Tom Fummo

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Mil Faces de um RPGista - Kyuden Seppun/Kakita - Miya Miru


Jogo: Legend of the Five Rings First Edition
Autoria: John Wick
Editora: Alderac Entetainment Games
Experiência: MUITA! Mestrei muito e joguei muito esse sistema no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Livros usados: O básico e os suplementos Winter Court: Kyuden Seppun e Winter Court: Kyuden Kakita.

Chegamos enfim ao último personagem dessa sequência. Como disse aqui faz três semanas os Way of the Clans terminaram, mas ainda havia uma facção que não tinha sido contemplada, a Casa Imperial. Em vez de ter um livro “Way of…” a casa imperial aparece em uma série de livros chamadas “Winter Court”, os quais apresentam um cenário ano a ano da Corte de Inverno da Corte Imperial.
Aqui cabe uma explicação. Em Rokugan o inverno é um período de “paz”, apenas porque é uma idiotice mover exércitos durante essa época devido a neve. Mas um outro campo de batalha se abre nessa época na forma das Cortes de Inverno. Por todo o Império, nobres samurais são convidados a participar da corte de inverno de diversos daimyos onde intrigas, contratos e casamentos são arranjados. E cada um deles pode causar mais mortes e desgraças do que milhares de tropas armadas.
A Corte de Inverno mais importante, obviamente, é aquela que hospeda a Corte Imperial. Composta pelo Imperador, seu filho, seus acompanhantes e os líderes dos Grandes Clãs e outros que recebem a honra de um convite.
Essa série de livros também avançava o meta-plot de Legend of the Five Rings, apresentando ano a ano as mudanças que ocorreram nas relações entre os clãs e com vários ganchos para novas aventuras e campanhas. Além de apresentar regras para criar personagens da corte imperial.

Então, vamos fazer um servo do imperador.

Passo Um: Conceito. Existem quatro famílias imperiais. Primeiro temos a família do próprio imperador, Hantei. Que é composta apenas do imperador, sua esposa e seus filhos. Antes que perguntem, sim é possível ser uma Imperatriz, houve alguns casos ao longo da história de Rokugan e é o caso na 4a edição desse sistema. Todos os irmãos e primos do imperador são adotados pelas outras famílias imperiais, mas apenas o Imperador e suas ligações diretas podem usar o nome do kami escolhido para guiar os outros kami.
Duas das outras famílias são dos primeiros mortais escolhidos por Hantei como seus assessores diretos. A família Seppun formam a guarda pessoal do Imperador e muitas vezes são também os senseis de seus filhos (exceto quando um Kakita os substitui). Já a família Otomo são os mestres das intrigas e protegem o imperador no campo político, normalmente jogando os clãs uns contra os outros para que não haja uma coalizão desses contra a casa imperial (como aconteceu no século III do império).
A última família, os Myia, foi fundada em homenagem a um jovem samurai que trouxe ao primeiro Hantei a notícia de que a guerra contra Fu Leng havia terminado. Que o último de seus generais oni havia sido derrotado. Em seu leito de morte, Hantei deu ao jovem samurai a missão de levar essa notícia de esperança a todo o império. O último ato de Hantei foi tornar aquele samurai sua voz e o primeiro ato de seu filho, Hantei II, foi dar o direito daquele samurai fundar uma família sobre sua proteção.
Eu quero fazer uma personagem dessa família. Seu nome é Miru (visão). Ela é absurdamente curiosa e deseja viajar por toda Rokugan (e talvez mais além) para ver e conhecer tudo e depois contar a todos as maravilhas do Império Esmeralda.

Passo Dois: Família e Escola. Bom, a família é Myia, o que me dá +1 Intelligence. A Escola é a de Shisha (Mensageiro) da mesma família. Isso me dá +1 Perception; as perícias inicias Courtier, Diplomacy, Etiquette, Heraldry 2, Horsemanship; uma Honra de 2,7 e a técnica The Voice of the Emperor que me dá um bônus de dados rolados igual ao meu Rank em todas disputas sociais além de aumentar o meu TN to be Hit em Rank x 5 porque eu aprendo me mover muito rápido para entregar as mensagens do Imperador o mais rápido possível.

Passo Três: Gastar Pontos. E pela última vez nessa sequência vamos gastar 25 pontinhos para montar minha samurai. Primeiro deixa eu ver esses dois livros para checar que novas vantagens e desvantagens interessantes eles têm.
Ao longo desse subprojeto eu tenho feito personagens que fogem dos estereótipos de cada clã e facção. Nesse caso quero que Miru seja uma típica Miya, o que já a torna uma personagem bem distinta dos membros típicos das outras famílias imperiais, tão sérios e envolvidos nos assuntos e nas intrigas do Império.
A primeira vantagem que eu quero é Meek. Basicamente meus oponentes (seja em combate físico, seja em disputa social) me consideram fraco demais para ser levada em conta. Então eu serei o último alvo deles, isso se eles se dignarem sequer a me enfrentar. Isso me custa apenas dois pontos porque tenho desconto da minha família.
Também quero Correspondence, que significa que eu troco cartas com alguém em algum lugar do Império. Mas minha ideia é que Miru tenha vários correspondentes. Cada um custa 1 ponto, então vou deixar para gastar tudo que sobrar no final aqui.
Pensei em pegar Darling of the Court e Standing Invitation, mas isso exigiria que Miru fosse alguém que chama a atenção e eu acho que é justamente o contrário.
Do livro básico eu quero Clear Thinker, Read Lips e Voice. Cada um custa 2 pontos. Ou seja, sem contar correspondence eu já gastei oito pontos. Quero gastar outros 8 para aumentar minha Awareness para 3, o que vai me deixar com nove pontos para gastar ainda.
Vamos dar uma olhada nas desvantagens e ver o que eu consigo.
A única que me pareceu interessante para Miru foi “Soft-Hearted”, mas não reverberou bem e também só me dá mais dois pontos.
Então vou gastar meus últimos pontos para aumentar todas as minhas skills em mais um e pegar um nível de Kenjutsu e dois de Sincerity. O último ponto vai para Correspondence. Pena eu queria gastar muitos pontos aqui, mas nada me impede de ir fazendo novos “amigos de cartas” ao longo do jogo.
E por hoje é só isso. Não sei se faço esse mesmo tipo de mini-projeto com algum outro RPG como Vampire ou Mage. Vou pensar a respeito.

Damos Sayonara para Rokugan por um bom tempo agora.
__________________________________________________
Miya Miru
Imperial House
Miya’s Shisha (Herald) School

Earth 2
Willpower 2
Stamina 2

Fire 2
Intelligence 3
Agility 2

Air 2
Awareness 3
Reflexes 2

Water 2
Perception 3
Strength 2

Void 2

Advantages: Clear Thinker (2), Correspondence (1), Meek (2), Read Lips (2), Voice (2)
Disadvantages: none

Skills: Courtier 2, Diplomacy 2, Etiquette 2, Heraldry 3, Horsemanship 2, Kenjutsu 1, Sincerity 2

Technique: Voice of the Emperor

Honor: 2,7
Glory 1,0
Insight 114
Rank 1

terça-feira, 13 de maio de 2025

Leituras 2025 - Semana 19


Leituras 2025 - Semana 19
30 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 27%
02 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler - 80%
03 - Brindlewood Bay v.2 (RPG) - Jason Cordova - 40% 
04 - Stewpot (RPG) - Takuma Okada - 41% 
05 - Four Point SRD (RPG) - Tom Fummo - 17% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 47% (14)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 37% (17)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM
25 - Amaranthine - The Cases of Costa Vega (RPG) - Kaitlin Bruder
26 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis
27 - Freiras Renegadas e Suas Máquinas Maravilhosas - Greg Poster
28 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch
29 - Afrofuturismo - Vários Autores
30 - Mork Borg (RPG) - Pelle Nilsson

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Mil Faces de um RPGista - Dream Askew - Hope


Jogo: Dream Askew – Playing Through the Queer Apocalypse
Sistema: Belongings Outside Belongings, também conhecido como No Dice, No Masters
Autoria: Joe Mcdaldno
Editora: Buried Without Ceremony
Experiência: Nenhuma. Só li, mas gostaria muito de um dia colocar na mesa.
Livros usados: Só o básico mesmo.

Dream Askew é um daqueles jogos com um cenário muito específico. Nele, os jogadores são uma comunidade de lésbicas cis e trans sobrevivendo a um apocalipse. O jogo tem um conceito muito interessante “O Apocalipse sempre começa pelas margens”.
O jogo usa um sistema que apareceu pela primeira vez em um outro jogo chamado Dream Apart, que também fala de comunidades marginalizadas. Esse sistema é uma variante do PbtA que, como diz a alcunha pela qual ficou apelidado de No Dice, No Master, ou seja, é um sistema não-aleatório e sem mestre.
A lógica do sistema funciona com uma economia de tokens e cada playbook tem uma lista de moves divididos Hard Moves, que gastam tokens, Soft Moves, que permitem você recuperar tokens, e Regular Moves que são basicamente ações que se espera o seu personagem fazer com certa frequência.

Bom, vamos fazer uma sobrevivente do apocalipse.

Passo Um: Escolha um Playbook. Como muitos PbtAs, começamos escolhendo um playbook que já me ajuda a criar o concento dessa personagem. As opções são Iris (alguém marcada pelo apocalipse), Maestro (alguém que consegue itens e materiais em meio as ruínas), Stitcher (alguém que “costura” as outras), Tiger (a porradeira do grupo), Torch (alguém que recebeu uma revelação religiosa/mística) e Arrival (uma viajante recém chegada à comunidade). Eu quero fazer uma Torch. Minha ideia é que minha personagem é uma mulher trans que desenvolveu habilidades psiônicas após o apocalipse e se tornou uma espécie de guia espiritual dessa comunidade. Com seus poderes ela fortalece os laços entre suas irmãs e as protege dos perigos do apocalipse.

Passo Dois: Escolha Nome, Aparência e Estilo. Olho para a lista de nomes e o primeiro é perfeito demais para não usar. Hope! Porque é isso que ela é. Alguém que tenta dar esperança para as pessoas ao seu redor.
Quanto a aparência acho que eu quero faraway eyes (ela parece sempre estar olhando para o horizonte), gentle face e androgynous.
Para o estilo eu fico tentado de pegar “fetish wear”, mas não acho que combina com ela. Então vamos de coarse natural fibers e striking colours. Um estilo bem hippie.

Passo Três: Rituais. Os rituais que ela conduz são: Street Wards e Augury. Cabe dizer que apenas os nomes dos rituais são oferecidos pelo jogo. O que eles realmente fazem e como cabem a mim descrever durante a história.

Passo Quatro: Seguidores e Ameaça. Bom, agora eu decido como eu vejo meus seguidores e acho que “a family I provide for” encaixa bem.
A seguir eu decido uma ameça rondando que só eu realmente entendo. Dentre as opções eu quero “We’re replicating the oppressions of our old society”.

Passo Cinco: Escolha uma Situação. Por fim, eu escolho uma das situações com as quais nosso grupo tem de lutar para também jogar com ela. Como o jogo é “No Masters”, cada jogador também controla um de nossos antagonistas que são representados por situações apocalípticas. Das opções eu não posso pegar The Psychic Maelstron, porque como uma Torch essa é a situação que mais me afeta e que minha personagem será a mais importante para lidar com ela.
Dentre as opções eu escolho ser The Society Intact, ou aqueles que se agarram a velha ordem das coisas, talvez negando que o mundo mudou e que tentam viver a vida com os mesmos valores e padrões do velho mundo. Acho que pode ser bem interessante de interpretar isso.

E é isso!

Hope está pronta para encarar o apocalipse ao lado de suas irmãs e o que restou da Sociedade Intacta estão prontos para mostrar a esse bando de desviadas que o mundo continua o mesmo.
___________________________________________________
Hope
The Torch

Look: gentle face and androgynous.
Style: coarse natural fibers and striking colours
Rituals: Street Wards and Augury
My Followers are: a family I provide for
A Threat Only I Understand: We’re replicating the oppressions of our old society


I Also Play the Intact Society




terça-feira, 6 de maio de 2025

Leituras 2025 - Semana 18


Leituras 2025 - Semana 18
27 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 21%
02 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler - 65%
03 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch - 90% 
04 - Brindlewood Bay v.2 (RPG) - Jason Cordova - 11% 
05 - Mork Borg (RPG) - Pelle Nilsson - 20% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Afrofuturismo - Vários Autores - 77% (01)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 47% (14)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 37% (17)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM
25 - Amaranthine - The Cases of Costa Vega (RPG) - Kaitlin Bruder
26 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis
27 - Freiras Renegadas e Suas Máquinas Maravilhosas - Greg Poster

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Mil Faces de um RPGista - Dust Devils - Annabelle Foster


Jogo: Dust Devils – A Truly Gritty Old West Role-Playing Game
Autoria: Matt Snyder
Editora: Chimera Creative, existe uma versão brasileira.
Experiência: Só li.
Livros usados: Só o básico.

Dust Devils é um RPG sobre o Velho Oeste Americano. Existem alguns RPGs sobre isso por aí, o que torna Dust Devils diferente são três elementos:
Primeiro, não há nenhum elemento sobrenatural ou de ficção científica no jogo. Bom, apenas um, mais ou menos, mas chego nele já já. No fundo ele é baseado em clássicos como “O Bom, o mau e o feio”, “Era uma vez no oeste” e outros similares.
Segundo, o sistema usa cartas em vez de dados e usa regras de poker para resolução de cenas. Isso mesmo, não é apenas a resolução de uma ação, mas de uma cena. E bem no estilo “o vencedor leva tudo”, onde quem tem a melhor mão no final da rodada tem o poder narrativo de descrever como a cena se resolve.
Três, cada jogador tem um “demônio” (esse é o elemento sobrenatural mais ou menos que citei acima), que não é necessariamente um demônio real. Pode ser a bebida para alguns, pode ser o passado como fora-da-lei para outros, pode ser uma dívida, etc. A ideia é quando seu personagem seria morto em outros jogos ele tem um encontro com seu demônio que o retira de cena. Novamente isso é bem alinhado com o gênero de filmes western clássicos.

Bom, vamos fazer uma exploradora do oeste bravio.

Passo Um: Conceito. Quando pensei nesse jogo, fiquei pensando em filmes de Western para conseguir uma inspiração. Daí lembrei do filme Maverick que foca em um malandro jogador de cartas. A história é muito mais sobre os golpes de Maverick e de outros malandros do que sobre tiroteios e duelos ao pôr-do-sol. Mas, como Mel Gibson se mostrou um grande idiota nos últimos anos, não quero fazer um personagem baseado nele, então escolho fazer baseado na personagem “interesse amoroso” do protagonista. Annabelle Bransford que foi a pessoa mais inteligente no filme todo (se você viu o filme, sabe do que estou falando). E em homenagem a atriz que lhe deu vida, Jodie Foster, minha personagem se chamará Annabelle Foster.
Assim como a personagem do filme, minha Annabelle é alguém que vem ao oeste atrás de otários para enganar. Ela fugiu do leste após a morte do marido que a deixou com uma dívida por conta de jogo. Em teoria ela está buscando dinheiro para pagar sua dívida, na prática ela só está atrás do próximo golpe.

Passo Dois: Atributos. O jogo trabalha com quatro atributos, cada um deles conectado a um dos naipes do baralho. Hand (espadas) tem a ver com tudo o que um personagem faz com seu corpo, Eye (ouros) rege os sentidos e o intelecto, Guts (paus) é o vigor e a coragem de seu personagem e Heart (copas, claro) é sua habilidade social e sua natureza heróica ou vilanesca. Eu tenho 13 pontos para distribuir. Sei que vou querer um bom nível em Eye e Heart, além de um nível descente em Guts.
Mas deixa eu ver como o sistema funciona de novo pra decidir isso direito.
Ok, quando há um confronto, os jogadores recebem um número de cartas igual a soma de dois atributos que tenham relação a sua ação na cena e tentam com essas cartas montar um jogo de pôquer que bata com o jogo do Dealer (como o mestre de jogo é chamado aqui) para ter sucesso em seu objetivo. Também o jogador com a carta mais alta n mão na hora que os jogos são postos na mesa tem o direito de narrar toda a resolução do confronto.
Os atributos vão até 5, então quero Eye 5, Heart 4 e Guts e Hand 2 cada. Annabelle resolve suas questões com charme e malandragem, mas não é péssima em uma luta.

Passo Três: Características. Cada personagem em Dust Devils tem duas características descritivas, quando essa característica se aplica à forma que esteja agindo em um confronto, o personagem ganha mais uma carta. As características são em um estilo parecido com o que aparece nos filmes e livros de western, algo como “Forte como um Touro”, “Burro como um Poste, “Mais louco que pipoca em um forno quente”.
Para Annabelle escolho “Bonita que dói” (as vezes literalmente) e “Escorregadia como uma Doninha”.

Passo Quatro: Knacks. Agora eu tenho 11 pontos para distribuir em Knacks que seriam algo como as perícias desse jogo. Se um Knack se enquadra a como meu personagem está lidando com um conflito eu posso usar o nível desse Knack para pedir novas cartas (e descartar o mesmo número, como em um jogo de pôquer). Não há uma “skill list”, mas o livro recomenda que não seja nada muito amplo. Eu também só posso ter um máximo de 7 Knacks (a soma de Hand e Eye). Vamos ver.
Para Annabelle eu quero Charmin’ 2, Gamblin’ 3, Pickpocketin’ 2, Ridin’ 2, Shootin’ 2.

Passo Cinco: The Devil. Esse é um conceito muito interessante desse jogo. Cada personagem tem um demônio. Não literalmente, mas algo que o persegue como uma sombra em sua história. Em vez de um personagem morrer nesse jogo, quando o jogo determina que o personagem é eliminado ele tem uma última cena em que o demônio de alguma forma acaba com ele. Um personagem que tenha “procurado” como seu demônio é capturado ou perde em um duelo contra um homem da lei, já outro que tem como demônio “bêbado imprestável” pode morrer de tanto beber e assim por diante.
O demônio também tem um nível que vai de um a três e é decidido pelo jogador no início de cada sessão. Esse valor indica quão presente o jogador quer que seu demônio esteja naquela sessão. Também indica quantas cartas o Dealer pode dar a menos ao jogador quando seu demônio aparece para prejudicá-lo (um delegado reconhece o procurado, alguém oferece uma bebida ao bêbado) ou pode significar o número de cartas o jogador recebe a mais quando seu demônio o ajuda (o procurado usa esse fato para intimidar um oponente, o bêbado toma um pouco de “coragem líquida” antes de uma situação perigosa, etc).
Para Annabelle vou ficar com “damn liar”. Ela é uma mentirosa nata, mas manter tantas mentiras pode ser difícil quando é confrontada com a verdade. Eu acho que no início do jogo seu nível de Devil é apenas 1. Mas com certeza isso irá aumentar.

Annabelle está pronta para desbravar o velho oeste, enganando um otário por vez.
___________________________________________________
Annabelle Foster

Attributes:
Hand 2, Eye 5, Guts 2, Heart 4

Traits:
“So beautiful it hurts”
“Slippery as a Weasel”

Knacks:
Charmin’ 2, Gamblin’ 3, Pickpocketin’ 2, Ridin’ 2, Shootin’ 2.

Devil: 1

“Damn Liar”

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Leituras 2025 - Semana 17


Leituras 2025 - Semana 17
24 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 17%
02 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler - 48%
03 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch - 61% 
04 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis - 70% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Afrofuturismo - Vários Autores - 49% (04)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 47% (14)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 37% (17)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]




quinta-feira, 24 de abril de 2025

Mil Faces de um RPGista - Way of the Rattling - Tch'tch'rik


Jogo: Legend of the Five Rings First Edition
Autoria: John Wick
Editora: Alderac Entetainment Games
Experiência: MUITA! Mestrei muito e joguei muito esse sistema no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Livros usados: O básico e o suplemento Way of The Rattling.

Enfim chegamos ao último dos Way of the Clans, mas não o último post dessa mini-série de personagens de Legend of the Five Rings. Hoje vamos olhar para os Nezumi, o povo rato que vive próximo da muralha Kaiu, mas do lado das shadowlands. Imunes à corrupção de Jigoku, os Rattlings, como também são chamados, são aliados seculares do Clã do Caranguejo, atuando como informantes, batedores e até como amigos em raros casos. Eles são um dos cinco povos que existiam antes da chegada da humanidade e uma das duas raças não humanas disponíveis como personagens jogadores, sendo a outra os Naga que já foram cobertos por aqui.

Vamos fazer um Nezumi.

Passo Um: Conceito. Eu já sei qual escola eu quero pegar no próximo passo, mas ainda não escolhi a tribo. Imagino meu personagem, que vou chamar de Tch’tch’rik (eles tem uns nomes esquisitos para representar guinchos de ratos), como um guia de um grupo de samurais em uma missão nas terras sombrias. Ele não é batedor, entretanto, mas alguém que possui um longo conhecimento sobre as shadowlands que será importante para a missão. Por agora, isso é suficiente.
Corrigindo: Originalmente eu pensei que os nomes dos Rattlings eram só um bando de sons a esmo, mas tinha esquecido que no final do livro tem alguns elementos da linguagem deles e como nomear meu personagem, então meu personagem vai se chamar Tch’tch’rik. Tch’tch é pela profissão dele e todo nezumi começa seu nome com sua profissão e kir significa algo como Amigo de Todos e acho que representa bem o que eu imagino para esse personagem. Uma pessoa (ou rato) bem humorado que fala com todos e acaba sendo carismático não de uma forma manipuladora, mas de uma forma legal.

Passo Dois: Escolha Tribo e Profissão. Em vez de Clãs, os Nezumi se dividem em tribos. Possuindo uma complexa relação de comércio e embate por terras mais férteis ou menos assoladas pelas criaturas das trevas. Pensando melhor, talvez não seja tão complexo assim.
Também cada tribo tem acesso a apenas algumas escolas, que são chamadas aqui de profissões. Sendo que cada tribo tem acesso às profissões Rememberer, Shaman, Scout e Warrior. Eu quero muito fazer um Rememberer que é uma profissão muito interessante e exclusiva dos Nezumi. Por isso, tanto faz qual Tribo eu escolha.
Mas eu quero uma Tribo com boas relações com os humanos. Afinal estou pensando nesse personagem como alguém que participará de um grupo em que a maioria dos jogadores serão samurais.
Olho as opções e gostei da Squeaky Eyeball Tribe. Algo como Tribo do Globo Ocular que Guincha. Não sei se eu quero saber o motivo do nome dessa tribo. Rs Mas eles são carismáticos, pacíficos, se dão bem com todas as tribos, até as isolacionistas, e possuem uma enorme curiosidade de aprender mais. Perfeito para meu personagem. Sendo um membro dessa tribo, Tch’tch’rik começa com Name 3,5 (alto), três tesouros e duas peças de equipamento, mas sem armas.
Sendo um Rememberer (ou Tch’tch, na linguagem Nezumi), Tch’tch’rik também recebe Niche 2,0, mais 0,5 de Name (aumentando para 4,0), mais equipamento (muita coisa para listar aqui). Em vez de técnicas ou magias eu ganho a habilidade de fazer memory sticks.
E o que são memory sticks, ou gravetos de memória (Tchr)? São pequenos gravetos com pictogramas carregados de feromônios dos Nezumi e que carregam histórias das tribos e do povo Nezumi. Quando segurando um desses gravetos, um Nezumi é inundado pela história que ele contém, e essa memória imbui a alma do Nezumi com habilidades por alguns minutos (cinco rounds, para ser preciso). Humanos e Naga precisam de cinco ranks da perícia Nezumi Culture para usar um Tchr.
Eu acho esse conceito muito foda e foi o motivo pelo qual eu ter escolhido essa Escola/Profissão para o meu personagem.
Eu posso pegar alguns sticks como parte da criação do personagem, mas vou deixar isso mais para frente.
Voltando para explicar uma coisa. Os Nezumi não têm os atributos Glória e Honra como os samurais. Eles têm Niche que indica o grau de importância que você tem no povo Nezumi, meu personagem começa com 2,0 porque Rememberer são importantes, mesmo os iniciantes; e eles tem Name que tem um valor parecido com Honra, mas funciona de uma forma um tanto diferente. Eles acreditam na importância do nome das coisas, tanto que a magia dos shamans é toda voltada para a modificação do nome das coisas, daí ter um nome alto torna você alguém importante no sentido do mundo e também torna mais difícil alguém modificar ou apagar o seu nome. Em resumo é isso. Voltando a programação normal.

Passo Três: Gastar Pontos. Como tradicional em Legend of the Five Rings eu agora tenho 25 pontos para gastar, só que sendo um Nezumi me dá acesso a uma série de habilidades raciais e vantagens e desvantagens que outros personagens não teriam (Assim como me limita sobre certas opções que são muito “humanas), então vou focar nessas.
Primeiro eu recebo Advanced Pheromones de graça por ser um Rememberer. Basicamente eu posso deixar mensagens complexas usando meus feromônios.
Ah! Já ia esquecendo. Nezumi possuem sua própria tabela de herança. Vamos rolar e ver o que pinta. Eu tirei 9, o que me leva para a tabela Dramatic Name. Tirei 8, eu tenho uma conexão muito forte com um Nome poderoso. Isso me permite comprar qualquer Transcendent (o equivalente de Ancestral aqui) por cinco pontos a menos.
Então vamos ver quais transcendentes têm no livro e ver se algum se aplica ao meu personagem.
Interessante, não lembrava disso. Faz muito tempo que li esse livro. Os “ancestrais” nezumi vão para o mundo dos sonhos e não dos espíritos honrados (Yumi), isso porque eles acreditam que o universo foi criado dos sonhos.
Bom, olhando as opções acho que Neelru’kir é o mais apropriado para o meu personagem. Ele salvou os Mujina, uma espécie de demônio dos sonhos, e me dá o poder de ser bem recebido pelos Mujina que reconhecem minha ligação com o transcendente, além de me permitir ter um aliado Mujina que me acompanha de graça. Imagino que eles são bons amigos. Vejo cada vez mais Tch’tch’rik como alguém alegre e vivaz que faz amigos por onde passa. Ter a conexão com esse transcendente me custaria 6 pontos, mas meu bônus da tabela de herança reduz isso para um ponto.
Certo, o que mais eu quero?
Eu quero Forever Memory, que me permite ganhar um ponto de XP extra toda sessão para criar tchr, que me custa 5 pontos. Também quero pelo menos três níveis de Rokugani Culture, que me custa 2 pontos cada, para um total de 6 pontos. Também quero Swiffoot que custaria 3, mas como eu sou da tribo Squeaky Eyeball custa só 2. Estou na dúvida se pego Bignose para aumentar minha capacidade de faro, mas tenho medo de não ter pontos para outras coisas. Ao todo eu já gastei 14 pontos, o que só me deixa com onze.
Então vamos dar uma olhada nas desvantagens. Só tem três desvantagens novas e nenhuma delas me interessa. Deixa eu ver o que eu posso pegar do livro básico. Já falei em outros posts de L5R o quanto eu gosto de Meddler, que significa que eu gosto meter o meu focinho onde não sou chamado e me dá 2 pontos. Também gosto de Gullible por três pontos. Vejo esse personagem como sendo alguém que gosta de ver o lado bom de todos, mesmo de seus inimigos. Acho que é só isso. Então eu ainda tenho 19 pontos para gastar.
Vamos para Skills. Acabo de perceber que esqueci de anotar minhas skills iniciais. Também esqueci de explicar Niche e Name, mas daqui a pouco eu volto e escrevo isso. Agora minhas skills iniciais são: Courtier (Nezumi), Etiquette (Nezumi), Lore (Deep Shadowlands), Mee-i’thich (uma mistura de dança e contação de histórias), Remembering, Stealth, Tribal Lore.
Eu sei que eu quero gastar dois pontos em Remembering e Stealth, que eu acho que são centrais ao meu personagem. Também quero pelo menos dois pontos em Rokugani Language e vou gastar um ponto em cada uma das outras skills. Isso custa 11 pontos e me deixa com 8 pontos. Os quais eu vou gastar para aumentar minha Intelligence para quatro e terminei de gastar meus pontos.

Passo Quatro: Equipamento. Normalmente eu pulo essa parte porque os equipamentos em L5R são um pacotão que vem a partir da sua escola com pouca ou nenhuma escolha (no máximo uma ou outra arma). Mas para os nezumi tem a questão dos tesouros e dos tchr, então vamos ver como cada um deles funciona.
Bom, minha tribo me dá três tesouros e dois equipamentos de poor quality que não podem ser armas. Já minha profissão me dá uma arma de camponês ou de nezumi, roupas, seis gravetos perfeitos para criar Tchr, um tesouro extra (total de quatro), uma bolsa de couro, um rolamento na Scavenging Table e um total de 5xp de memory sticks.
Como não vejo esse personagem muito como um guerreiro (ele nem tem habilidade para isso) acho que a arma vai ser um bastão que ele usa para ajudar a caminhar.
Meus dois equipamentos de baixa qualidade vão ser uma corda bem mal feita (que pode arrebentar a qualquer momento) e um cachimbo, por algum motivo estranho imagino tch’tch’rik como um rato fumante.
Os Nezumi não trabalham com dinheiro nem entendem o conceito, no lugar disso eles tem uma um sistema de Tesouros, coisas aparentemente inúteis, mas que eles acham bonitas ou que possuem uma história interessante. E isso é a “moeda” deles. Eu posso escolher quatro de uma lista ou criar alguma coisa. Deixa eu ver a lista… Beleza, eu quero uma pena multicolorida, um anel de cobre, um pente de prata e um dente de ogro. Cada um deles pode ter uma história própria bem interessante.
Agora eu faço um rolamento na Scavenging Table, que me dá um item importante que eu ganhei ou encontrei. Eu rolo 1, um item nezumi. O que me le a outra tabela onde eu rolo 1 de novo. Isso é interessante. A boleadeira de meu pai, feita com pedras roubadas do jardim de um samurai da Garça e com o osso de um oni como empunhadura. Tch’tch’rik recebeu quando seu pai morreu, mas ele nunca o utilizou.
Por fim, eu tenho cinco pontos de xp para comprar gravetos de memória iniciais. Porque eu preciso gastar xp para criar os meus próprios. Olhando as opções de Rank 1 eu posso basicamente escolher entre pegar apenas um graveto muito útil por cinco pontos ou distribuo entre vários bastões não tão úteis que me dão uma variedade maior de habilidades não tão úteis. Prefiro a segunda opção.
Eu vou querer os dois gravetos que custam um ponto. Tcha-tchr, o graveto feliz que permite a um Nezumi carregando-o a rolar e manter mais um dado em todos os testes de Name; e Tk’tchr, o graveto do viajante, que conta a história da minha tribo e sempre me permite saber a direção e distância do meu lar (o que na geografia confusa das Shadowlands pode ser bem útil). Com meus últimos três pontos eu pego A’ichtr’foo-tchr e eu precisei consultar o livro umas três vezes para escrever isso certo. O graveto da mãe, que confere uma habilidade de cura a quem o carrega por mais de um dia e conta a história do amor de uma mãe por suas crias (daí o nome).

E, bom, é isso. Na verdade, não. Eu ainda vou voltar para explicar Niche e Name, e sobre o nome do meu personagem, mas vocês vão ler em uma ordem diferente.
O próximo post dessa série será o último e vou falar sobre uma facção que não tem um livro “Way of…” até lá.
_____________________________________________________
Tch’tch’kir
Nezumi
Squeacky Eyeball Tribe
Rememberer Profession

Earth 2
Stamina 2
Willpower 2

Water 2
Strength 2
Perception 2

Fire 2
Agility 2
Intelligence 4

Air 2
Reflexes 2
Awareness 2

Void 2

Advantages: Advanced Pheromones (0), Forever Memory (5), Mujina Ally (0), Rokugani Culture 3 (6), Swiffoot (2), Transcendent: Neelru’kir (1)
Disadvantages: Gullible (3), Meddler (2)

Skills: Courtier (Nezumi) 2, Etiquette (Nezumi) 2, Lore (Deep Shadowlands) 2, Mee-i’thich 2, Remembering 3, Rokugani Language 2, Stealth 3, Tribal Lore 2.

Equipment: Bo Staff, Bolo, Leather Pouch, Worn Rope, Chipped Pipe, Six Good Sticks.
Treasures: A large, brightly colored feather, an Ogre’s tooth, a copper ring, a silver comb.

Memory Sticks (tchr): A’ichtr’foo-tchr (Mother’s Stick), Tcha-tchr (Happy Stick), Tk’tchr, (Wanderer’s Stick)

Niche 2,0
Name 4,0
Insight 118
Rank 1

terça-feira, 22 de abril de 2025

Leituras 2025 - Semana 16


Leituras 2025 - Semana 16
24 lidos

Lendo:
01 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 11%
02 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler - 30%
03 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch - 15% 
04 - Chamado de Cthulhu 7e - Jogo Rápido (RPG) - Sandy Petersen, Mike Mason, Paul Fricker, Lynn Willis - 22% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 45% (15)
- Afrofuturismo - Vários Autores - 40% (05)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 37% (17)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller
23 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.)
24 - From the Sea to the Sky (RPG) - Courtney MM

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Mil Faces de um RPGista - Star Wars d20 - Kn'Allia


Jogo: Star Wars Roleplaying Game
Sistema: d20 system
Autoria: Bill Slavicsek, Andy Collins e JD Wiker.
Editora: Wizards of the Coast. (acho que teve uma versão BR pela Devir).
Experiência: Praticamente nenhuma. Comprei, li, mas nunca cheguei a colocar em mesa.
Livros usados: Só o básico.

Nos anos 2000 muitos jogos ganharam versões d20, usando o sistema da 3a edição de Dungeons & Dragons. Muitos aproveitando franquias conhecidas como o caso de Star Wars.
Essa é a versão revisada, houve uma outra edição, chamada de SAGA que saiu uns anos depois com algumas revisões e modificações em relação a esta versão. Talvez a mais notável seja o sistema de Vitalidade que vai aparecer em algum momento aqui que foi retirada na versão Saga.
Detalhe: Existe um sistema chamado SAGA que foi lançado no final dos anos 90 pela TSR, mas não tem nada a ver com o Star Wars Saga.

Vamos fazer um cidadão de uma galáxia muito distante.

Passo Um: Conceito. Eu já fiz um personagem para o universo Star Wars aqui para o sistema Genesys chamado Phella Dap’Ta e estou pensando fazer um “companheiro do crime” para esse personagem até para ter uma certa comparação de dois scoundrels em sistemas diferentes. Só que não quero fazer um humano de novo, então deixa eu ver as espécies aqui… Gostei dos Duros (além de serem ótimos para uns trocadilhos) e quanto a história acho que Kn’Allia é viajante inveterado como muitos de sua espécia, mas sendo um duro (aí o trocadilho) acabou apelando para o contrabando como meio de vida e uma forma de viajar por toda a galáxia. Ele é brincalhão e prefere sempre ver o lado positivo da vida, mesmo quando a patrulha imperial está em seu encalço.

Passo Dois: Habilidades Básicas. Os velhos seis atributos, mas aqui já abrem o livro oferecendo o sistema de compra por pontos. Todos começam com oito e tenho 25 pontos para distribuir sendo que os custos mudam conforme os atributos ficam mais altos.
Eu sei que eu quero Dex, Int e Cha altos. Um pouco de Wis também pode ajudar.
Eu gasto dois pontos em Str só para compensar a penalidade da espécie e manter em 8.
Em Dex vou gastar pelo menos seis pontos para aumentar para 16 com o bônus da espécie.
E outros quatro pontos para aumentar a Cons para 10 com a penalidade da espécie.
Int vou fazer o mesmo que com Dex e gastar seus pontos para aumentar para 16 com o bônus da espécie.
Só me sobram sete pontos, vou colocar três em Wis para 11 e quatro em Cha para 12.

Passo Três: Escolha uma Espécie. Já escolhi Duros, além dos modificadores de habilidades (-2 Str, +2 Dex, -2 Cons, +2 Int). Além disso eu ganho o feat Spacer de graça. Eu também tenho uma velocidade de 10 metros, tamanho Medium e Linguagens Durese e Basic.

Passo Quatro: Escolha uma Classe. Como disse, quero fazer um Scoundrel. Isso no primeiro nível me dá +2 em Reflex e +2 em Defense, além da habildiade Illicit Barter. Também recebo os feats inciais Weapon Group Proficiency (Blaster Pistols) e Weapon Group Proficiency (Simple Weapons). Por fim eu começo com seis pontos de Vitality iniciais.

Passo Cinco: Skills. Graças à minha classe e meu modificador de Inteligência eu começo com 44 pontos de Skill. Vou escolher onze perícias e colocar 4 ranks em cada uma e pronto. Deixa eu ver na lista quais perícias da minha classe me interessam: Bluff (Cha), Diplomacy (Cha), Disable Device (Int), Gather Information (Cha), Move Silently (Dex), Pilot (Dex), Repair (Int), Sense Motive (Wis), Selight of Hand (Dex), Spot (Wis).
Com isso são dez. Fiquei em dúvida entre Gamble (Wis) e Astrogate (Int) então vou colocar 2 pontos em cada uma. Imagino Kn’Allia como um trapaceiro bonachão que também atua como piloto de fuga.

Passo Seis: Feats. Bom, eu já começo com Spacer de graça pela espécie. Deixa eu ver o que isso faz. Ótimo, me dá um bônus de +2 em todos os meus testes de Astrogate e Pilot o que serve bem ao conceito que eu tenho para esse personagem. Vamos escolher mais um feat aqui. Acho que Starship Operation encaixa bem com todo o conceito do personagem. Esse feat me permite pilotar e combater com uma nave de uma determinada classe (possivelmente a nave que o grupo vai ter) sem penalidades. Funciona como uma espécie de proficiência.

Passo Sete: Características Heróicas. Não sei porque raios esse capítulo tem esse nome, mas vamos lá. O nome eu já determinei, agora temos uma série de tabelas para determinar idade, altura e peso. Como um Scoundrel da espécie Duros eu tenho entre 14+1d4 anos iniciais. Rolando o dado isso me coloca com 18 anos. Altura é 14+2d4 decímetros e peso é 45+(1d4+1x10)kgs. Jogando os dados eu fico com 2,1 metros (sou um cara alto) e 95 kg (tendo mais para o cheinho do que para o magro). Como meu personagem tem algum Carisma eu diria que ele é um cara “fofinho” para as pessoas ao redor dele, pelo menos até ele puxar o blaster e o tiroteio começar.
Agora é Background. O livro traz algumas perguntas, mas eu já tenho algumas ideias na cabeça. Kn’Allia começou a sua carreira como um mero caroneiro em naves cargueiras ainda muito jovem. Como muitos de sua espécie ele tinha essa necessidade de conhecer o espaço. Apanhou muito ao entrar como clandestino aqui e ali, o que o fez ter cada vez mais desprezo pelas autoridades. Algumas naves em que pegou carona eram de contrabandistas que gostaram do jeito bonachão do moleque e foi com eles que começou a aprender o ofício. Ele gosta de jogar, de beber, de rir e sempre está curioso para o que existe no próximo planeta. Apesar de fora-da-lei, dinheiro não é tão importante para ele, desde que ele tenha o suficiente para a próxima viagem, o próximo drink e o próximo golpe.
Eu escolheria alguns objetivos agora, mas como já está claro que meu personagem é um Bon Vivant e esses objetivos não tem nenhuma função mecânica, vou pular isso.
Também vou pular Reputação, já que começo com zero.

Passo Oito: Equipamento. Eu começo com 1d6x500 credits, o que me dá incríveis 1000 credits pra começar. Acho que não dá pra comprar muita coisa com isso. Um blaster pistol já vai me custar 500. Eu pago mais 25 em uma faca (as vezes você precisa levar uma faca para uma blasterfight) e vou contar que meus 475 créditos restantes são o suficiente para um “kit do aventureiro feliz”, ou seja, quaisquer equipamentos básicos que meu mestre do jogo imaginário achei importante meu personagem ter (sério, detesto esses mestres que cobram que o jogador tenha contabilizado cada maldito equipamento que seria óbvio para alguém na profissão dele ter).

E é isso! Como meu personagem não é um Jedi nem um Force User esse é o final do personagem. Kn’Allia está pronto para se lançar no espaço em mais uma aventura. Se puder detonar uns canalhas do Império, ainda melhor.
____________________________________________________________
Kn’Allia
Species: Duros
Class: Scoundrel
Level: 1

Str 8 (-1)
Dex 16 (+3)
Cons 10 (0)
Int 16 (+3)
Wis 11 (0)
Cha 12 (+1)

Skills: Astrogate (Int) 7, Bluff (Cha) 5, Diplomacy (Cha) 5, Disable Device (Int) 7, Gamble (Wis) 2, Gather Information (Cha) 5, Move Silently (Dex) 7, Pilot (Dex) 9, Repair (Int) 7, Sense Motive (Wis) 4, Selight of Hand (Dex) 7, Spot (Wis).4.

Feats: Spacer, Starship Operation

Equipment: One Blaster Pistol, one Knife, 475 credits.

Attack Bonus (Melee) -1
Attack Bonus (Ranged) +3
Fort Save +0
Ref Save +5
Will Save +1
Defense Bonus +2
Reputation Bonus +0
Vitality 6




segunda-feira, 14 de abril de 2025

Leituras 2025 - Semana 15


Leituras 2025 - Semana 15
20 lidos

Lendo:
1 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.) - 94% 
02 - Quarta Asa 2 - Chama de Ferro - Rebecca Yarros - 09%
03 - Kindred - Laços de Sangue - Octávia E. Butler - 16%
04 - Exalted 1e (RPG) - Geoffrey C. Grabowski & Robert Hatch - 06% 

Contos, Poesias & Artigos*
- Afrofuturismo - Vários Autores - 29% (06)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 38% (17)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 37% (17)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez
20 - Absolute Batman: The Zoo #1/#6 (HQ) - Scott Snyder & Nick Dragotta
21 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith
22 - Partners - The Sherlock File (RPG) - Cameron Hays & Linette Miller

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Mil Faces de Um RPGista - Mojubá Fastplay - Okó


Jogo: Mojubá Fastplay
Autoria: Lucas Conti
Editora: Auto-publicação por parte do autor.
Experiência: Só li esse arquivo do Fastplay.
Livros usados: Só o Fastplay mesmo.

Mojubá é um rpg brasileiro sobre afrofuturismo, misturando elementos cyberpunk e elementos da cultura afrobrasileira, como o conceito de quilombo e a espiritualidade dos orixás.
No cenário apresentado nesse arquivo fastplay vemos que os personagens jogadores (chamados aqui de “Crias”) precisam equilibrar seus “corres”, fazendo trabalhos a fim de se sustentar e às suas famílias ao mesmo tempo que enfrentam os Kiumbas, que são como espíritos malignos que infestam áreas onde há muita fome, ganância, medo, etc.
A mecânica de jogo é bem simples. Você rola 2d6 e soma um atributo apropriado além de quaisquer bônus que você receba da sua Herança, Dádiva ou Trampo e compara com um número alvo (dificuldade) estipulado pelo Girô (como o mestre de jogo é chamado aqui).
Não sei a versão completa tem mais detalhes, mas nesse fastplay é isso.
Infelizmente o fastplay não traz as regras de construção de personagem. Pensei em fazer uma engenharia reversa pra tentar criar um personagem original, mas vi que não dá.
Então vou escolher um dos personagens prontos e colocá-lo ali.
Além disso, vou convidar vocês a baixar o fastplay e conhecer o cenário. Se ficarem curiosos coloquem em suas listas de compras. Já está na minha!

O meu personagem escolhido é Okó (todos os personagens possuem nomes de linguagem africana, imagino eu que Yorubá).

Atributos: Ipá 3, Ori 0, Ginga 2 e Gan 1.

Ipá é a força, seja física, mental ou social. Serve tanto para levantar algo pesado quanto convencer alguém no grito.

Ori é cabeça. Capacidade de raciocínio, reconhecer padrões ou juntar informações de uma forma coerente.

Ginga é balanço. Tem a ver tanto com equilíbrio e agilidade quanto com uma certa malandragem.

Gan é gana. É força de vontade, presença, espírito. Usado para convencer alguém (sem ser no grito), resistir tentações ou manipulações, ou fazer todos olharem para você.

Trampo: Entregador. Okó tem uma bicicleta “tunada” que pode fazer acrobacias e ele também conhece os melhores atalhos da cidade.

Ancestral: Odé. Okó é filho do grande caçador. O ancestral confere a cada jogador uma herança e uma mácula. No caso de Odé, ele confere a herança de controlar a madeira e a mácula é ir tornando Okó cada vez mais e mais selvagem.

Dádiva: Lança dos Ancestrais. Okó também recebe uma lança feita da madeira da árvore-mãe que lhe dá um bônus de +1 em combate. Se ele a perder, recebe um ponto de mácula.

E é isso por hoje pessoal. Quando eu conseguir colocar minhas mãos no livro completo ele com certeza vai aparecer aqui. Até lá, bons jogos.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Mil Faces de um RPGista - Way of the Shadowlands - Hamono


Jogo: Legend of the Five Rings First Edition
Autoria: John Wick
Editora: Alderac Entetainment Games
Experiência: MUITA! Mestrei muito e joguei muito esse sistema no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Livros usados: O básico e o suplemento Way of Shadowlands.

Chegamos ao décimo segundo e penúltimo livro da série Way of the Clans. Esse e o próximo foram lançados já na segunda edição do Legend of the Five Rings então talvez eu vá ter que fazer algumas adaptações porque me recuso a usar as regras da 2a edição que são muito ruins (tanto que foram descartadas na 3a edição).
O livro não situa tanto em uma determinada época, contando a história de Rokugan pelo lado das Terras Sombrias. Por fim, ele fala daqueles que por escolha ou acidente foram maculados por essas forças. Alguns lutam contra a corrupção, outros a abraçam.

Vamos fazer um servo de Fu Leng.

Passo Um: Conceito. Quero criar uma bushi. Alguém cujo o fanatismo a fez mergulhar em uma visão distorcida do bushido e a tornou uma fiel serva das trevas ao mesmo tempo que em sua loucura vê isso como um serviço ao Império Esmeralda. Sim, todos nós conhecemos alguém assim hoje em dia, não é verdade?
Way of the Shadowlands traz algumas opções para personagens interessantes, incluindo uma escola de Berserker, uma de Ishikens corrompidos, uma que representa os mortos vivos da família Moto que sacrificaram para permitir o retorno do Clã Unicórnio à Rokugan, além de uma Templo de Monges que servem a Onnotangu (o deus da Lua) e um Otokodate Ronin.
Ela se lembra vagamente do tempo antes da escuridão. O nome “Matsu” aparece em seus sonhos, quando ela consegue dormir, mas sempre é com um ódio e uma fúria incontrolável. Alguns Onis a chamam da Hamono (arma branca) e ela abraçou o nome. Ela é uma arma. Uma arma contra seus inimigos. Os inimigos do Império. Aqueles que se escondem por trás de palavras de honra e máscaras de sorrisos. Sim, ela será uma arma, e cortará a falsidade de cada um deles.

Passo Dois: Clã, Família, Escola. Quanto ao clã, acho que é nenhum. Hamono serve as Shadowlands. Se eu fizesse um agente duplo talvez este ainda tivesse o contato com seu clã, mas ela já se perdeu demais na escuridão para isso. Acho que ela mantém o bônus de família, entretanto. Vou fazê-la uma Matsu mesmo, o que dá a ela um bônus de +1 Strength. Quanto a escola acho os Damned Berserkers encaixam bem com ela. Ela ganha +1 Willpower, as perícias Battle, Defense, Herbalism, Kenjutsu, Lore (Shadowlands), Meditation e uma Weapon Skill. Curiosamente eu também ganho 1,5 em Honra. Deixa eu ver isso aqui...
Pensei que fosse uma nova versão dos Damned Berserkers, mas não. Os damned berserkers apareceram originalmente no Way of the Crab e são guerreiros que aprendem a canalizar o poder das shadowlands dentro de si como uma fúria contra as próprias shadowlands. Mas aqui vou considerar que seja o caminho que Hamono instintivamente seguiu após ser tomada pela mácula.
Eu ganho a técnica Burning the Shadow que me dá a habilidade de reduzir a velocidade com que vou me corrompendo (o que não pretendo usar) e me permite somar meu Rank de Taint em todos os totais de ataque e dano (isso que eu quero!).

Passo Três: Distribuir Pontos. E vamos aos 25 pontinhos. Primeiro quero definir qual é a Weapon Skill inicial dela, e escolho Heavy Weapons (esqueci o nome em japonês e não estou encontrando aqui agora) porque quero ela usando um machado ou uma marreta.
Depois quero diminuir a honra dela em um nível, o que vai me dar dois pontos e deixar minha honra em 0,5.
Agora vamos para as desvantagens. Eu sei que eu quero o máximo de shadowlands taint que eu puder, então são 5 pontos por dez de taint que me deixa com um total de 1,0. Eu quero Brash (2 pontos) e Frail Mind (3 pontos) foi essa combinação que a jogou nas shadowlands pra começo de conversa. O que me deixa com um total de 37 pontos para gastar agora.
Eu vejo uma “Shadowlands School” que eu tinha esquecido que tinha nesse livro. Basicamente são os poderes que as trevas te dão conforme você vai ficando cada vez mais corrompido. Eu preciso ter Water 3 e gastar três pontos para poder entrar nessa escola. Pergunto ao meu mestre imaginário se posso fazer isso e manter minha escola de Danmed Berserker, ele topa desde que eu abra mão do Major Power que eu receberia no lugar da minha técnica. Beleza! Eu ainda ganho um Minor Power, deixa eu ver o que tem de interessante.
Eu escolho Blood Sense, que me permite sentir a presença de sangue e pessoas vivas. Também me dá uma sede insaciável de sangue. Acho que isso reflete bem a “sede de sangue” que ela tinha antes de se corromper.
Bom, vou gastar oito pontos para aumentar Perception e outros oito para aumentar Stamina, fazendo com que Water e Earth vão para 3.
Isso me deixa com 18 pontos ainda.
Deixa eu ver umas vantagens.
Eu quero Death Trance (3) e o máximo de Strength of the Earth (8), ela é uma arma, afinal de contas.
Isso me deixa com 7 pra finalizar. Eu quero colocar dois em Kenjutsu, Defense, Onojutsu e um em Battle e pronto.

Hamono está pronta para continuar lutando e lutando e lutando até Jigoku clamar de vez sua alma… quando ela deve voltar a lutar, lutar e lutar.
______________________________________________________
Hamono
Matsu ?
Danmed Berserker School/”Shadowlands School”.

Earth 3
Willpower 3
Stamina 3

Fire 2
Intelligence 2
Agility 2

Air 2
Awareness 2
Reflexes 2

Water 3
Perception 3
Strength 3

Void 2

Advantages: Darkness Beyond Darkness (3), Death Trance (3), Strength of the Earth (8)
Disadvantages: Brash (2), Frail Mind (3), Shadowlands Taint (5)

Skills: Battle 2, Defense 3, Herbalism 1, Kenjutsu 3, Lore (Shadowlands) 1, Meditation 1, Onojutsu 3

Technique: Burning the Shadow

Shadowlands Powers: Minors: Blood Sense.

Honor: 0,5
Glory 0,0
Insight 134
Shadowlands Taint 1,0

terça-feira, 1 de abril de 2025

Leituras 2025 - Semana 13


Leituras 2025 - Semana 13
19 lidos

Lendo:
01 - Iberia by Night (RPG) - Phillipe R. Boulle (org.) - 40% [056]
02 - Zero (RPG) - Steve Stone & Lester Smith - 20% [19]
03 - Absolute Batman: The Zoo #1/#2 - Scott Snyder & Nick Dragotta -


Contos, Poesias & Artigos*
- Afrofuturismo - Vários Autores - 08% (08)
- Estórias Abensonhadas - Mia Couto - 36% (18)
- Wild Cards vol 1 - O Começo de Tudo - G.R.R. Martin (org.) - 37% (17)
- As Vira-Latas - Arelis Uribe - 27% (06)
*Sendo lidos de forma não-linear. Os mais em cima foram lidos mais recentemente. O número entre ()s indica quantos contos/poesias faltam para terminar.

Lidos:
01 - Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes (RPG) - Greg Poster
02 - Lugar Nenhum - Neil Gaiman
03 - A Trupe (RPG) - Jorge Valpaços
04 - Sub Drop e o Sistema de Luta e Fuga (Artigo) - Equina Nur
05 - Chinese Ghost Stories We Tell Ourselves Quickstart (RPG) - Alyx Bui
06 - Thousand Arrows (RPG) - James Mendez Hodes
07 - Falling For Your Best Friend - Emma St. Clair
08 - Vale dos Acritós (RPG) - Carlos K. Pereira & Flávio Andrade
09 - Dark Ages: Mage (RPG) - Bill Bridges (org.)
10 - Planescape: Guia do Jogador para os Planos (RPG) - David "Zeb" Cook
11 - Knights of Underbed (RPG) - Bem Woerner
12 - Pandora: Total Destruction Preview Edition (RPG) - Todd Crapper
13 - Cordel do Reino do Sol Encantado EdEspecial (RPG) - Pedro Borges
14 - Survival of the Able Ashcan (RPG) - Jacob Wood
15 - World Wide Wrestling (RPG) - Nathan D. Paoletta
16 - Shudderspeed (RPG) - Richard Kelly
17 - Quarta Asa - Rebecca Yarros
18 - Kobolds and Trenchcoats (RPG) - Jonathon Boyle
19 - Cupim - Layla Martínez

Abandonados:
01 - Utopias Possíveis - Rutger Bregman - 10%
02 - Chasing the Dragon's Tail - Yoshio Manaka MD - 19% [055]

quarta-feira, 26 de março de 2025

Mil Faces de um RPGista - Cyberpunk 2020 - Miyuki Watannabe


Jogo: Cyberpunk 2020 – Um RPG num Futuro Sombrio. Essa é a versão brasileira. O jogo é americano.
Sistema: Interlock.
Autoria: Mike Pondsmith (org.)
Editora: Essa é a versão da Devir, mas o jogo originalmente é da R. Talsorian Games.
Experiência: Joguei uma vez em 1995.
Livros usados: Só o básico.

No distante futuro de 2020… Pois é, um dia esse ano era um futuro distante e no outro ele já se passou cinco anos atrás. De uma certa forma esse é a segunda (ou terceira, não tenho certeza agora) de um rpg chamado Cyberpunk. A versão mais recente é a Red que acho que se passa em 2073, cada vez empurrando mais o futuro para o futuro. Rs
Decidi fazer um personagem dessa edição porque a joguei em 1995 (no RPG Rio de Bom Fracasso) e porque uma amiga querida está para mestrar a versão mais recente.
O jogo se passa no futuro quando as mega corporações se tornaram mais poderosas do que os governos, passando a explorar a vida e o trabalho das pessoas à exaustão e causaram um desastre climático que talvez seja irreversível por pura ganância. Mas diferente do nosso presente aqui temos implantes cibernéticos!
Os jogadores são “sobreviventes em um mundo duro e cruel” como diz o livro, em geral atuando como mercenários para uma ou outra corporação enquanto planejam sua destruição (ou não, eles podem apenas ter se acomodado, já vi muitos grupos jogando assim).
O sistema interlock usa uma mecânica de teste simples. Você rola 1d10 e soma seu atributo ou perícia e compara com uma dificuldade definida pelo mestre. O jogo também usa d6s para dano e d100s para algumas tabelas.

Vamos fazer uma cyberpunk!

Passo Um: Escolha um Papel. Papéis são “meio que classes”, eles te dão uma habilidade especial e possuem uma lista de perícias profissionais. Também são um prompt para um conceito de personagem. Eu sei o que eu quero fazer, mas acabo de me dar conta que o conceito que eu quero surgiu depois desse livro. Quero fazer uma samurai de rua. Os samurais de rua são guerreiros treinados, normalmente cheios de implantes e armas. Também são uma ótima desculpa para usar uma katana em um jogo de ficção científica. Dos papéis oferecidos aqui o que melhor se encaixa é o solo (que é bem o que eu descrevi acima, só sem uma katana, mas veremos isso). A habilidade especial que eu ganho é ter acesso as perícias Iniciativa e Atenção.
Agora um conceito: Minha personagem, Miyuki Watanabe, foi uma soldado que lutou nas guerras corporativas, mas após ter contato com os ensinamentos do bushido (que seus criadores acharam que a tornaria mais obediente) entrou em uma crise ética e começa a questionar pelo que ela está lutando.
Acho que isso é o suficiente para eu começar.

Passo Um: Atributos. O jogo tem nove atributos (Ah os anos 90…) e eu vejo o valor deles aleatoriamente rolando 1d10 para cada um. Posso fazer isso rolando na ordem ou apenas rolo o dado nove vezes (descartando valores 1 e 2) e ajeito como eu quiser. Checo com meu mestre imaginário. Ele diz que o primeiro métodos é estúpido, eu concordo com ele e faço o segundo. Eu tirei 10, 2, 4, 8, 2, 7, 9, 4 e 4. Descartando os dois 2s eu tenho: 9 e 3 no lugar. Vamos ver como vou distribuir essa budega.
Os atributos são: Inteligencia (INT), Reflexos (REF), Autocontrole (AuCon), Habilidade Técnica (TEC), Sorte (Sor), Atratividade (ATR), Capacidade de Movimento (MOV), Empatia (EMP) e Tipo Corporal (TCO).
Eu sei que eu quero TCO e REF altos. Vou colocar os dois 9s neles. O 10 eu vou colocar em Sorte porque sempre me parece um atributo importante. AuCon fica com o 8 e TEC com o 7. INT, EMP e MOV ficam com os 4s o que deixa ATR com o 3.
Isso me deixa com INT 4, REF 9, AuCon 8, Habilidade TEC 7, Sor 10, ATR 3, MOV 4, EMP 4 e TCO 9.

Passo Dois: Fluxovida. Agora eu sorteio ou escolho uma série de opções que vão tornar minha personagem um ser um pouco mais tridimensional (ou assim o livro me promete). Vamos ver.
Primeiro eu tenho uma tabela com estilo pessoal. Infelizmente ao longo dos anos a ideia do cyberpunk acabou reduzida muito mais a um estilo do que uma ideia, mas vamos lá. Eu vou rolar 3d10 e ver o que sai. Tirei 9, 8 e 5. O que me dá Nu, Cabelo Curto e Arrumado e um Brinco no Nariz (engraçado que na época não chamavam de piercing. rs). Ou seja um estilo bem parecido com da personagem Major Motoko Kusanagi do anime Ghost in the Shell. Acho que posso trabalhar com isso.
Origem eu já escolhi como japonesa, então ela sabe falar japonês. Eu também sei falar o “Idioma das Ruas”, segundo o livro uma mistura de inglês, francês, alemão, japonês e mais meia dúzia de línguas.
Agora eu vejo meus antecedentes familiares. Vamos continuar rolando os dados e vendo o que sai. Nível Familiar 2, gerente de corporação. Isso me tira um pouco da minha ideia original de ser uma mercenária. Talvez ela atue resolvendo as coisas de forma mais direta. Talvez ela se veja como uma Shogun, uma senhora da guerra corporativa.
Pais, eu tiro 5, ambos estão vivos. O que me leva a tabela Status Familiar onde eu tiro 4, minha família está em risco de perder tudo (ou já perdeu) para uma Tragédia Familiar, que é a próxima tabela onde eu tiro 9, sua família é atormentada por uma guerra familiar que á dura várias gerações. Talvez a corporação Watanabe tenha sofrido um ataque de uma outra corporação comandada por uma outra família tradicional japonesa, mas que agora conta com o apoio financeiro e por baixo dos panos de uma corporação americana que pretende dominar o mercado do sul asiático. Como se trata de uma questão familiar, Miyuki considera isso um assunto pessoal e não algo para colocar na mão apenas de mercenários cuja lealdade varia com o vento.
Para Motivações eu vou rolar todos os dados de uma vez e vou colocando os resultados aqui.
Miyuki tem uma personalidade exigente, meticulosa e nervosa (bem o que eu estava imaginando mesmo).A “pessoa” que ela mais valoriza é seu gato, Neko, ela aprendeu a não confiar em ninguém totalmente, nem mesmo em sua família. O que ela mais valoriza é o poder (isso pode entrar em contraste com sua recém adquirida honra, o que pode ser bem legal). A opinião dela sobre a maioria das pessoas é neutra, ações dizem quem você é para ela. E o objeto mais estimado dela é um livro, a Arte da Guerra, um exemplar que foi dado a ela pelo seu bisavô em seu leito de morte e onde ela começou ater os primeiros ensinamentos sobre o Bushido.
As últimas tabelas são agrupadas sob o título Eventos de Vida e eu começo rolando 2d6+16 pra determinar minha idade, o que deixa com 27 anos. O que me dá 11 eventos de vida. O que significa que eu vou ter de rolar 11d10 e ver quais eventos surgem.
Primeiro evento, 4 – Amigos e Inimigos. Rolo 1d10 pra determinar qual deles eu ganhei. Tiro 8, inimigo, claro! As tabelas me dizem que é alguém que trabalha pra mim, a quem eu acusei de covardia ou algum outro defeito, ele me odeia, eu o ataco verbalmente e só tem ele mesmo contra mim. Talvez aos 17 anos Miyuki descobriu um desvio de caixa das empresas e acusou um contador. Em vez de eliminá-lo, Miyuki o colocou sob sua asa para que ele volte a provar seu valor e ela abusa dele verbalmente de forma diária. Ele a odeia, mas não pode fazer nada contra ela… ainda!
Segundo e vento, tirei 7- Envolvimento romântico. Foi um caso amoroso problemático, um de nós está pulando a cerca e a outra pessoa me odeia. Aos 18 Miyuki teve um caso com uma pessoa de outra família, uma noiva prometida, e o romance causou desgraça a esta que nunca perdoou Miyuki.
Terceiro evento, tirei 9. Nada interessante aconteceu nos 20 anos de Miyuki.
Quarto evento, tirei outro 4 – Amigos e Inimigos. Outro inimigo. Um ex-amigo, acusou de covardia ou outra coisa (Miyuki é uma baita dedo-duro rs), nós nos odiamos, se nos encontrarmos ele vai ser possuído por uma cólera assassina e tentará arrancar minha cabeça e ele só tem ele mesmo e alguns amigos para vir contra mim. Aos 21, Miyuki se envolveu com más companhias. Acabou fazendo amizade com um líder de gangue, Hiro, que não sabia de sua verdadeira identidade e com quem ela saia para se divertir e relaxar de sua persona corporativa. Durante algum evento, Miyuki acusou Hiro de covarde e o venceu em combate, desmoralizando-o perante a gangue. Apenas alguns amigos mais fiéis ficaram ao lado dele. Ele deseja vingança contra ela, mas será que ele agora sabe quem ela realmente é?
Tanto o quinto e o sexto evento foram 6s, Amigos e Inimigos de novo. Vou rolar os dois como se fossem um só e considerar que é uma dupla. Amigos, até que enfim! Eu tiro um homem e uma mulher, um tutor e uma ex-amante. Hummm… E se um dos tutores de Miyuki estiver servindo como pombo correio para ela recuperar o contato com sua amante de 19 anos? Essa reaproximação pode ter durado por dois anos. Talvez tenha sido essa amante Tomoyo Daidoji, quem deu a Miyuki seu gatinho. Como Tomoyo nunca a perdoou não sei se isso vai acabar bem. Vamos ver se aparece alguma coisa para o fim desse romance mais a frente ou se é um gancho para algo que aconteceria se eu fosse jogar com essa personagem.
Três 9s seguidos. Então foram três anos sem grandes eventos na vida de Miyuki. Talvez tenha sido o tempo em que ela ganhou seus implantes cibernéticos.
O décimo evento é outro 4! Para alguém que parecia antissocial Miyuki teve vários amigos e inimigos em sua jovem vida. Tiro outro amigo. Um homem e como se fosse um pai adotivo. Pode ser o técnico ou o fisioterapeuta que cuidou dela depois das cirurgias cibernéticas. Myasaki acabou se tornando alguém em quem Miyuki tem alguma confiança, afinal ele poderia ter acabado com ela a qualquer momento nos últimos quatro anos. Sua sabedoria de homem simples junto com seu conhecimento técnico lhe servem como um conselheiro “fora da caixa” em alguns momentos de indecisão.
Por fim, não houve nenhum grande evento no último ano de vida de Miyuki.
Nossa, como isso foi longo. Mas até que foi divertido.

Passo Três: Perícias. Eu tenho 40 pontos para distribuir nas minhas perícias. No personagem inicial eu só posso gastar em perícias profissionais e preciso colocar ao menos um ponto em Noção de Combate que é minha “habilidade especial”, mas devo colocar muito mais já que ela é importante para outras coisas.
Vamos distribuir aqui:
Noção de Combate 8
Atenção/ Notar 4
Armas Curtas 3
Briga ou Artes Marciais 5
Conhecimento de Armas 4
Fuzil 3
Atletismo 5
Submetralhadora 3
Furtividade 5
Como eu não posso começar com habilidades fora dessa lista, imagino que Miyuki ainda não tenha posição corporativa, atuando mais “nas sombras” das negociações ou com uma lógica de “negociação do porrete”.

Passo Quatro: Equipamento. Eu detesto essa parte, mas é necessária em um jogo cyberpunk. Eu vejo quanto eu ganho pelo meu nível na minha perícia especial e multiplico por 1d6 meses que estou empregado… nossa, que mecânica horrível, mas vamos lá. Meu salário base sendo uma solo é 7000 por mês e rolo um 4 nos meus dados, o que me dá 28 mil pra gastar. Eu vou pular o equipamento por agora e partir para os implantes cibernéticos.
Eu queria um de invisibilidade ou coisa parecida, mas não tem nada parecido no livro. Mesmo assim achei muita coisa que me interessa:
Nanocirurgiões (Dobra a regeneração) 6000
Pele Reforçada (PB=12) 2000
Amplificador Kerenzikov (+2 em Iniciativa) 1000
Relógio Subcutâneo 50
Intensificador de Adrenalina (Aumenta Ref +1 por 1d6+2 turnos 3x por dia) 400
Ciberópticos 500
Infravermelho 200
Armações Lineares (Força 12) 6000
Ao do o custo 16150 unidades de crédito (acho que é assim o nome da moeda desse jogo). Também tenho um custo de Perda de Humanidade, vou poupar vocês dos rolamentos de dados e matemática e terminou com uma PH de 26 o que me faz perder dois pontos de Empatia, reduzindo para 2. Se chegasse a zero eu poderia ter uma tipo de psicose cibernética.
Vamos voltar para os equipamentos.
Eu quero uma Kendachi Monokatana, basicamente uma Katana feita com alta tecnologia e capaz de cortar aço. Acho que o foco de Miyuki é em armas leves, então vou pegar duas pistolas Federated Arms X-22, isso tudo me custa 900 und. Acho que ela não usa nenhuma armadura além dos implantes que já tem (afinal, pelo sorteio, ela costuma atuar nua… por quê? Não sei!)
Por fim, eu fico com uns 11 mil para pagar custos de quaisquer outros equipamentos que seriam necessários para jogar com essa personagem. Como não vou jogar com ela, o que fiz até aqui já serve.

Checando se tem mais alguma coisa pra fazer. Se eu tivesse feito uma netrunner teria mais um passo, mas como ela não é, termino por aqui.

Miyuki Watannabe está pronta (ou quase) para entrar em campo na guerra corporativa.
____________________________________________-
Miyuki Watannabe
Solo

Atributos:
INT 4
REF 9
AuCon 8
TEC 7
Sor 10
ATR 3
MOV 4
EMP 2
TCO 9.

Perícias
Noção de Combate 8
Atenção/ Notar 4
Armas Curtas 3
Briga ou Artes Marciais 5
Conhecimento de Armas 4
Fuzil 3
Atletismo 5
Submetralhadora 3
Furtividade 5

Implantes Cibernéticos
Nanocirurgiões
Pele Reforçada
Amplificador Kerenzikov
Relógio Subcutâneo
Intensificador de Adrenalina
Ciberópticos
Infravermelho
Armações Lineares

Equipamento:
Kendachi Monokatana
Duas pistolas Federated Arms X-22