Jogo: Wanderhome
Sistema: Belongings Outside Belongins, também conhecido como No Dice, No Masters.
Autoria: Jay Dragon.
Editora: Possum Creek Games Inc.
Experiência: Infelizmente ainda não consegui colocar na mesa, mas parece que vou conseguir no início de 2026.
Livros usados: Só o básico.
Eu já comentei desse jogo antes quando falei do quickstart e da campanha de financiamento coletivo da qual eu participei anos atrás. Wanderhome é definido pelo seu criador como “uma fantasia pastoral”, o sistema é não-aleatório e o cenário possui uma proposta não-violenta ambientada em uma região pastoral na periferia de uma guerra sobre a qual os habitantes dessa região pouco souberam além de alguns efeitos que os atingiram. Costumo chamar de “RPG dos Estúdios Ghibli” por conta da estética e da proposta.
Dito isso, vamos criar um viajante.
Passo Um: Escolha um Playbook. Como muitos sistemas PbtA e de sistemas que se desenvolveram de PbtA (como é o caso de Belongings Outside Belongings) o primeiro passo para a criação de um personagem é escolher um playbook… e esse jogo tem MUITOS playbooks. Quinze ao todo. E todos com coisas interessantes. Mas tem um em particular que me chamou a atenção desde que peguei o livro completo: The Veteran. “Você carrega a espada que nunca mais deve ser desembainhada de novo.” Basicamente é um soldado que lutou na última guerra e que agora tenta se reintegrar aos tempos de paz, carregando os traumas de toda a violência que presenciou.
Passo Dois: Preencha o Playbook. Bom, basicamente é isso.
Primeiro eu escolho meu nome e meus pronomes. Brincando com uns nomes na minha cabeça Vald aparece e acho um bom nome. Seus pronomes são ele/dele. Em algum momento ele pode ter tido um título de guerra, algo como “O Bravo”, ou “O Impiedoso”, mas ele deixou, ou ao menos tenta deixar, isso para trás com a guerra.
Depois eu escolho um animal. Nesse jogo somos animais antropomórficos, e os animais de pastoreio são insetos gigantes (um detalhe genial do cenário). As opções do playbook são: Texugo, Hellbender (que eu descubro que é um lagarto bem grande tipo iguana), Corvo, Camundongo, um animal perigoso ou um animal de cabeça dura. Eu gosto da ideia de uma iguana, mas acho que vou de texugo.
Próximo passo é escolher duas características que meu personagem é e duas que meu personagem se recusa a ser a partir de uma lista. Vald é Amargo e Cansado, mas ele se recusa a ser Frio e Cruel. Muitas feridas, mas ele está em busca da cura, não de se esconder mais e mais em autodestruição.
A seguir eu escolho três ou quatro características que definem a aparência de Vald. Gosto de Manto Esvoaçante, Muitas Cicatrizes, Uma Caixa de Fumo para seu cachimbo, e pensei em uma coisa que não está na lista, uma flor atrás da orelha. Quando a flor morre ele tenta arrumar uma nova, como uma lembrança de alguém que ele amava de antes da guerra e que gostava muito de flores.
Então no playbook eu leio: “Você carrega uma espada embainhada em sua cintura. Você pode desembainhá-la quando quiser. Você nunca deve desembainhá-la de novo.” e eu escolho duas características para descrevê-la de uma lista. Eu acho que “Gravada com um Nome Sagrado” e “Presente de um Parente Orgulhoso” são legais. Ela carrega o nome do Deus da Guerra, Tyr, e foi um presente do meu pai que sempre desejou que eu me torna-se “um homem de verdade”, e para ele homens são guerreiros ou não são nada. Hoje Vald deseja que ele pudesse ter sido um nada…
Por fim, eu escolho de uma lista uma lição que eu aprendi e duas que eu já esqueci e eu contaria ao grupo sobre elas, mas aqui sou apenas eu (a não ser que role a mesa em janeiro).
Para a que eu aprendi: Aquele que um dia foi meu amor se recolheu diante de todo o sangue em minhas mãos quando eu voltei da guerra.
Para as que eu já esqueci: Um barão me ensinou que a violência é apenas uma forma de manter o controle sobre os outros e uma criança ferida me ensinou que só é preciso um corte para matar não apenas um inimigo, mas todos os que o amam também.
Passo Três: Construa Relações. Esse seria o momento em que eu faria uma pergunta ao jogador a minha esquerda e outra ao jogador a minha direita. Sou só eu, mas como pretendo colocar esse personagem na mesa em breve, vou ao menos escolher duas perguntas:
Para a jogadora a minha esquerda eu pergunto: Como você me ajuda a manter o controle?
Para o jogaodor a minha direita eu pergunto: Quando você percebeu que eu sou uma boa pessoa?
E é isso. Vald agora viaja pelos campos, tentando achar redenção pelos seus pecados, e a resposta para a pergunta “Algum dia eu encontrarei o meu lar?”
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Vald, The One Who Desire to be Forgotten
The Veteran
He/Him
Badger
I’m Bitter and Exhausted, but I refuse to be Cold and Heartless.
Description: A Billowing Cloack, Many Scars, a Pack of Smokes, and a Flower Behind My Ears.
I have a sword engraved with the god of war name and gifted by my proud father.
I’ve learned when a once-lover of my recoiled from me when he saw the blood in my hands.
I’ve forgotten, or at least try to, from a royal baron that violence is just a way to mantain control and from a hurt child that a single slice kills not only one enemy, but everyone who loved that person, too.
And that’s the reason I must never unsheate my blade again.
Passo Um: Escolha um Playbook. Como muitos sistemas PbtA e de sistemas que se desenvolveram de PbtA (como é o caso de Belongings Outside Belongings) o primeiro passo para a criação de um personagem é escolher um playbook… e esse jogo tem MUITOS playbooks. Quinze ao todo. E todos com coisas interessantes. Mas tem um em particular que me chamou a atenção desde que peguei o livro completo: The Veteran. “Você carrega a espada que nunca mais deve ser desembainhada de novo.” Basicamente é um soldado que lutou na última guerra e que agora tenta se reintegrar aos tempos de paz, carregando os traumas de toda a violência que presenciou.
Passo Dois: Preencha o Playbook. Bom, basicamente é isso.
Primeiro eu escolho meu nome e meus pronomes. Brincando com uns nomes na minha cabeça Vald aparece e acho um bom nome. Seus pronomes são ele/dele. Em algum momento ele pode ter tido um título de guerra, algo como “O Bravo”, ou “O Impiedoso”, mas ele deixou, ou ao menos tenta deixar, isso para trás com a guerra.
Depois eu escolho um animal. Nesse jogo somos animais antropomórficos, e os animais de pastoreio são insetos gigantes (um detalhe genial do cenário). As opções do playbook são: Texugo, Hellbender (que eu descubro que é um lagarto bem grande tipo iguana), Corvo, Camundongo, um animal perigoso ou um animal de cabeça dura. Eu gosto da ideia de uma iguana, mas acho que vou de texugo.
Próximo passo é escolher duas características que meu personagem é e duas que meu personagem se recusa a ser a partir de uma lista. Vald é Amargo e Cansado, mas ele se recusa a ser Frio e Cruel. Muitas feridas, mas ele está em busca da cura, não de se esconder mais e mais em autodestruição.
A seguir eu escolho três ou quatro características que definem a aparência de Vald. Gosto de Manto Esvoaçante, Muitas Cicatrizes, Uma Caixa de Fumo para seu cachimbo, e pensei em uma coisa que não está na lista, uma flor atrás da orelha. Quando a flor morre ele tenta arrumar uma nova, como uma lembrança de alguém que ele amava de antes da guerra e que gostava muito de flores.
Então no playbook eu leio: “Você carrega uma espada embainhada em sua cintura. Você pode desembainhá-la quando quiser. Você nunca deve desembainhá-la de novo.” e eu escolho duas características para descrevê-la de uma lista. Eu acho que “Gravada com um Nome Sagrado” e “Presente de um Parente Orgulhoso” são legais. Ela carrega o nome do Deus da Guerra, Tyr, e foi um presente do meu pai que sempre desejou que eu me torna-se “um homem de verdade”, e para ele homens são guerreiros ou não são nada. Hoje Vald deseja que ele pudesse ter sido um nada…
Por fim, eu escolho de uma lista uma lição que eu aprendi e duas que eu já esqueci e eu contaria ao grupo sobre elas, mas aqui sou apenas eu (a não ser que role a mesa em janeiro).
Para a que eu aprendi: Aquele que um dia foi meu amor se recolheu diante de todo o sangue em minhas mãos quando eu voltei da guerra.
Para as que eu já esqueci: Um barão me ensinou que a violência é apenas uma forma de manter o controle sobre os outros e uma criança ferida me ensinou que só é preciso um corte para matar não apenas um inimigo, mas todos os que o amam também.
Passo Três: Construa Relações. Esse seria o momento em que eu faria uma pergunta ao jogador a minha esquerda e outra ao jogador a minha direita. Sou só eu, mas como pretendo colocar esse personagem na mesa em breve, vou ao menos escolher duas perguntas:
Para a jogadora a minha esquerda eu pergunto: Como você me ajuda a manter o controle?
Para o jogaodor a minha direita eu pergunto: Quando você percebeu que eu sou uma boa pessoa?
E é isso. Vald agora viaja pelos campos, tentando achar redenção pelos seus pecados, e a resposta para a pergunta “Algum dia eu encontrarei o meu lar?”
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Vald, The One Who Desire to be Forgotten
The Veteran
He/Him
Badger
I’m Bitter and Exhausted, but I refuse to be Cold and Heartless.
Description: A Billowing Cloack, Many Scars, a Pack of Smokes, and a Flower Behind My Ears.
I have a sword engraved with the god of war name and gifted by my proud father.
I’ve learned when a once-lover of my recoiled from me when he saw the blood in my hands.
I’ve forgotten, or at least try to, from a royal baron that violence is just a way to mantain control and from a hurt child that a single slice kills not only one enemy, but everyone who loved that person, too.
And that’s the reason I must never unsheate my blade again.