Jogo: Wanderhome Free Playkit
Sistema: No Dice, No Masters (uma versão do Powered by the Apocalypse)
Autoria: Jay Dragon
Editora: Buried Without Ceremony
Experiência: Ainda nenhuma. Eu só li esse preview, amei e contribui com o kickstart.
Livros usados: Só o Playkit que está disponível de graça na página do projeto do kickstart (https://www.kickstarter.com/projects/jdragsky/wanderhome)
Sim, eu sei que tinha feito uma programação sobre quais seriam os próximos personagens a serem postados aqui. E eles estão prontos, inclusive. Mas decidi furar a fila para criar um personagem desse lindo rpg que está em financiamento coletivo nesse momento e termina no dia 03/09/2020 para que as pessoas que vêm aqui me ler tenham a oportunidade de participar desse projeto lindo.
Wanderhome é definido como uma fantasia pastoral, em um cenário idílico de animais antropomórficos com insetos gigantes servindo animais de carga e gado. O jogo é inspirado Brian Jacques, Tove Jansson, and Hayao Miyazaki. O cenário tem elementos que são insinuados, mas nunca explicados, como o Rei da Montanha Flutuante, a Rebelião do Lírio, a queda dos grandes dragões, etc. Os jogadores são viajantes nesse cenário, em uma jornada conhecendo pessoas interessantes e cenários fascinantes.
Ele traz similaridades com Golden Sky Stories, no sentido de ter uma proposta não-violenta para os jogos e um outro ritmo de histórias. Para quem deseja algo além dos OSRs e D&Ds da vida, é uma boa pedida.
Passo Um: Escolha um Playbook. Como a maioria dos jogos PbtA ou, nesse caso, jogos inspirados em PbtA, o primeiro passo é escolher um dos playbooks disponíveis. Nesse arquivo gratuito são apresentados apenas sete, mas serão uns 20 no arquivo final. Dentre as opções eu quero Poet para essa personagem. Uma artista viajante em busca de inspiração na natureza.
Passo Dois: Escolha um Nome e seus pronomes. O nome dela é Terry. E ela se sente tão confortável sendo chamada de ela ou ele. Alias, uma nota acho muito legal muitos rpgs atuais trazem essa opção que torna mais inclusivo para jogadores trans, não-binários e queer (como o autor deste jogo, inclusive).
Passo Três: Escolha um animal. Agora eu escolho um animal para meu personagem. E dentre as opções para esse playbook a que eu achei mais legal foi um Terrier. Para ser mais específico, uma Fox Terrier. Vocês já viram uma? São muito fofas e parecem ter um bigodinho. Caso não tenha ficado claro, foi daí que eu tirei Terry.
Passo Quatro: Características. Eu escolho de uma lista duas características que as pessoas assumem que você é da sua escrita e duas que você realmente é. Para o primeiro eu escolho Pretenciosa e Obscura, e as outras duas são Romântica e Casual.
Passo Cinco: Descrições. Outra lista. Eu escolho três ou quatro para descrever minha aparência. Uma capa elegante, óculos delicados, uma camisa abotoada de cima a baixo e uma citação para cada ocasião. Gosto da imagem que esses elementos evocam.
Passo Seis: Perguntas. Eu escolho uma pergunta para fazer ao jogador a minha esquerda e outra ao meu jogador a minha direita. Seria melhor se eu tivesse jogadores de verdade, então vou só escolher as perguntas que eu acho legal. Para o jogador imaginário à minha esquerda eu pergunto Qual a sua parte favorita da minha escrita? e para o jogador imaginário à minha direita eu pergunto Tudo bem com a forma que eu escrevo sobre você?
Passo Sete: Projeto de Escrita. Eu monto o meu atual projeto de escrita para essa viagem. Escolho um elemento sobre o qual eu estou escrevendo, um que está metaforicamente interligado e um que não-intencionalmente rastejando para dentro desse projeto. Minhas escolhas são, em ordem: O dia a dia de seus colegas de jornada, os ossos dos uma vez poderosos dragões e o que aconteceu com eles e, por fim, minhas memórias dos meus pais espalhadas e difíceis de organizar.
Passo Oito: Leituras. Última lista. Eu escolho um livro para ler constantemente e um que eu memorizei. O primeiro é um livro barato que eu encontrei na estrada e do qual ninguém ouviu falar. A história é bem interessante, fala de um viajante que conheceu os antigos deuses e foi irmão de um dragão. Ainda não terminei. O segundo livro é uma tradução de antigos poemas dos meus ancestrais que eu espero um dia usar em meus próprios textos.
E está terminado. Eu imagino Terry querendo conhecer as lendas locais e se mentendo em histórias de amor dos outros, mesmo quando não solicitada. PRINCIPALMENTE quando não solicitadas, como se ela quisesse construir histórias românticas no mundo real, não apenas no papel.
Dê uma olhada no link acima, veja se gosta do projeto e participe se acha que vale a pena. Pessoalmente eu acho que vale.
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Nome: Terry
Pronomes: Ele/dele/ela/dela
Animal: Fox Terrier
Playbook: Poet
Coisas que as pessoas assumem dos meus escritos: que eu sou Pretenciosa e Obscura
Coisas que eu realmente sou: Romântica e Casual.
Coisas que as pessoas percebem de mim: Uma capa elegante, óculos delicados, uma camisa abotoada de cima a baixo e uma citação para cada ocasião.
Meu trabalho atual é sobre o dia a dia de seus colegas de jornada, e está metaforicamente interligado com a história dos ossos dos uma vez poderosos dragões e o que aconteceu com eles, mas minhas memórias espalhadas e desorganizadas dos meus pais continuam a aparecer nas entrelinhas mesmo sem querer.
Eu estou lendo um livro barato que eu encontrei largado na estrada. O nome está apagado e faltam páginas. Eu tenho perguntado para as pessoas sobre ele, mas parece que ninguém nunca ouviu falar.
E tenho memorizada uma tradução de antigos poemas dos meus ancestrais que eu espero um dia usar em meus próprios textos.
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