Jogo: The Quiet Year
Autoria: Avery Alder
Editora: Buried Without Ceremony
Experiência: Apenas li.
Livros usados: O único.
The Quiet Year é um storytelling game, que é uma outra forma de dizer que é um rpg sem mestre (gmless, gmfree ou nogm). A proposta do jogo é criar uma história compartilhada de uma comunidade isolada de alguma forma ao longo de um ano (daí o nome).
Diferente de outros jogos desse tipo que eu já trouxe aqui você não tem um personagem per si. Nós jogamos como membros dessa comunidade sem assumir papéis fixos.
Aí você pode me perguntar “mas Sandro então o que você vai fazer nessa postagem se não tem personagem?” Eu vou considerar a própria comunidade como um personagem para esse projeto. Só que para isso, eu precisaria de um grupo, como sou apenas eu vou fazer como fiz ao criar personagens para Icarus e Breking the Ice (outros dois rpgs gm-less) e simular que eu sou três pessoas. Vou me referenciar a essas minhas personas como Eu, Ich e Je. Vamos ver se isso vai dar certo.
Passo Um: Coletar. O primeiro passo recomendado no livro é reunir os materiais necessários para o jogo. Papel, lápis, 20 marcadores (fichas de pôquer, botões, tampas de garrafa, etc), uma boa quantidade de d6s (de preferência pequenos), um cartão, um baralho de cartas e uma cópia do sumário do jogo. Como vou apenas criar a comunidade só vou precisar do paint do computador e as cartas de copas de um baralho (que representam a primavera).
Passo Dois: Inspecionar o Terreno. Bom, essa é a parte onde contamos a historinha que tem no livro, arrumamos os materiais e começamos a construir nossa comunidade. Primeiro os jogadores conversam entre si para decidir onde essa comunidade vai ficar e porque ela é isolada. Após conversar com Ich e Je, Eu decidi fazer a nossa comunidade como uma pequena vila em uma floresta próxima de um rio. Vamos chamá-la de Cheerwood, um lugar de homens (e mulheres) felizes e onde todo mundo sabe o seu nome (espero que vocês tenham pego as referências rs).
Agora cada um de nós desenha no papel o terreno ao redor de Cheerwood e a vila. Normalmente isso é feito em uma folha de papel, mas vou fazer no paint mesmo. Se tudo der certo terá uma imagem no final desse post com o desenho criado. Ao longo do jogo o desenho será rasurado e modificado conforme as nossas decisões.
Por fim, cada jogador decide um recurso importante em nossa comunidade. Eu digo Madeira, Ich escolhe Peixes, Je nos xinga porque pegamos os mais fáceis e, por fim, decide colocar metal. Nós escolhemos um desses recursos para termos em Abundância, os outros dois começarão o jogo em escassez.
Após uma rápida discussão decidimos por termos Madeira em Abundância (faz sentido no meio de uma floresta) e os outros em escassez. Talvez descobrir porque os peixes estão ficando mais escassos possa ser nosso primeiro projeto.
Basicamente é isso. Mas quero passar um pouco do que é esse jogo e, por isso, vou simular uma rodada abaixo.
Cada turno representa uma semana e começa com o jogador da vez pegando uma carta do topo do baralho, escolhendo uma das séries de perguntas correspondentes àquela carta, avançando projetos e realizando uma das ações disponíveis: Criar um Projeto, Descobrir Algo Novo ou Abrir uma Discussão.
Primeira Semana. Eu começo sacando uma carta da minha pilha de copas. Sete de Copas. Agora eu escolho uma das colunas de perguntas e as respondo. Minhas opções são:
1) Onde todo mundo dorme? Quem não está feliz como esse arranjo e por quê?
2) Que predadores naturais vagueiam esta área? Vocês estão seguros?
Se eu estivesse fazendo isso em um grupo, todos poderiam dar sugestões, apesar de a decisão final é minha ou de Eu. Ich e Je são inúteis nesse momento.
Vou com a segunda pergunta e essa é a minha resposta: Ursos vagueiam a região, principalmente nessa época. Eles recém acordaram de seu período de hibernação e estão famintos. Talvez esse seja o motivo da escassez dos peixes. Mas, se não for, a vila pode estar em perigo. Eu desenho um urso na floresta próxima da vila rio acima para indicar o que decidi.
Agora eu faço minha ação. Decido fazer o que tinha pensado antes e investigar sobre os peixes. Com a informação da carta que saiu nesse turno, decido focar mais e criar um projeto de investigar se os ursos têm algo a ver com a escassez dos peixes. Pergunto aos meus colegas de mesa quantas semanas vamos levar nessa investigação. Eles me viram a cara porque ficaram fulos por eu ter dito ali em cima que eles são inúteis. Como eles são apenas criação da minha cabeça eu dou de ombros e decido que serão duas semanas, pego um dos dados, coloco no número dois e ponho ele sobre o desenho dos ursos.
Segunda Semana. É o turno de Ich. Ele saca uma carta da pilha e tira Quatro de Copas. Vamos ver quais são as perguntas:
1) Que ferramentas importantes e básicas nossa comunidade tem em falta?
2) Onde vocês guardam a sua comida? Porque é um lugar arriscado para guardar coisas?
Ich escolhe a primeira pergunta e responde que: Armas de metal. Tanto pela escassez de metal na região quanto pelo isolamento da comunidade que nunca viu grandes conflitos.
Após resolver a carta, Ich gira todos os dados no mapa (no caso só há apenas um no momento) e reduz o número dele em um e vê se há algum projeto concluído nessa semana. Não há.
Para sua ação, Ich decide Descobrir Alguma Coisa Nova. Que é uma ação que permite simplesmente introduzir um novo elemento no mapa. Ich decide adicionar sinais de um acampamento mais ao norte, desenha uma pequena tenda no local correspondente do mapa, e declara que enquanto estávamos investigando os ursos descobrimos outras pessoas em nossa floresta. Serão amigos ou inimigos?
Terceira Semana. Je puxa uma carta do baralho e tira o Valete de Copas. Suas perguntas são:
1) Você vê um bom augúrio. Qual é?
2) Você vê um mau augúrio. Qual é?
Ich fala que o augúrio pode ser algo que indique uma guerra com os forasteiros. Eu sugiro que seja algo sobre a volta dos peixes. Je manda os dois calarem a boca para poder pensar. Je decide rolar um dado e...tira 1, por isso decide seguir a proposta de Ich e dizer que viram pássaros carniceiros vindos do norte, de onde vem os forasteiros. Indicando a proximidade da guerra ou de uma peste.
Je agora reduz o único dado de projeto em um, mas como este já está em um apenas retira o dado da mesa e declara o projeto terminado. Je então decide que descobrimos que os ursos não estão comendo os peixes, mas que podemos caçá-los para compensar pela falta de alimento na vila. Projetos terminados sempre repercutem em benefícios para a comunidade.
Para sua ação Je decide Abrir uma Discussão. Isso funciona com Je abrindo um tema ou com uma pergunta ou com uma declaração. Depois disso cada jogador pode fazer uma declaração curta sobre o assunto.
Je propõe: “Devemos atacar os forasteiros antes que se aproximem da comunidade?”
Eu declaro: “Eles podem ter armas melhores que as nossas e nos pegarem despreparados.
Ich declara: “Se os pegarmos de surpresa talvez tenhamos uma chance.”
Por fim, como Je iniciou com uma pergunta e não uma declaração a discussão volta para uma declaração final.
Je declara: “Talvez seja melhor descobrirmos se eles são amigos ou inimigos.”
E assim termina a discussão. De forma inconclusiva mesmo, mas demonstra como cada um da comunidade se posiciona sobre o assunto.
O jogo continuaria dessa forma passando por cada naipe do baralho representando as quatro estações até a carta final, o Rei de Espadas, sair. Isso indica o final do jogo e da história. Para esse projeto, paramos por aqui.
E é isso. Quero muito botar esse jogo na mesa. Parece uma experiência no mínimo interessante.
NOTA: Não consegui me acertar com o paint para pintar o mapa. Então deixo o desenho apenas a cargo da imaginação de vocês.
1) Você vê um bom augúrio. Qual é?
2) Você vê um mau augúrio. Qual é?
Ich fala que o augúrio pode ser algo que indique uma guerra com os forasteiros. Eu sugiro que seja algo sobre a volta dos peixes. Je manda os dois calarem a boca para poder pensar. Je decide rolar um dado e...tira 1, por isso decide seguir a proposta de Ich e dizer que viram pássaros carniceiros vindos do norte, de onde vem os forasteiros. Indicando a proximidade da guerra ou de uma peste.
Je agora reduz o único dado de projeto em um, mas como este já está em um apenas retira o dado da mesa e declara o projeto terminado. Je então decide que descobrimos que os ursos não estão comendo os peixes, mas que podemos caçá-los para compensar pela falta de alimento na vila. Projetos terminados sempre repercutem em benefícios para a comunidade.
Para sua ação Je decide Abrir uma Discussão. Isso funciona com Je abrindo um tema ou com uma pergunta ou com uma declaração. Depois disso cada jogador pode fazer uma declaração curta sobre o assunto.
Je propõe: “Devemos atacar os forasteiros antes que se aproximem da comunidade?”
Eu declaro: “Eles podem ter armas melhores que as nossas e nos pegarem despreparados.
Ich declara: “Se os pegarmos de surpresa talvez tenhamos uma chance.”
Por fim, como Je iniciou com uma pergunta e não uma declaração a discussão volta para uma declaração final.
Je declara: “Talvez seja melhor descobrirmos se eles são amigos ou inimigos.”
E assim termina a discussão. De forma inconclusiva mesmo, mas demonstra como cada um da comunidade se posiciona sobre o assunto.
O jogo continuaria dessa forma passando por cada naipe do baralho representando as quatro estações até a carta final, o Rei de Espadas, sair. Isso indica o final do jogo e da história. Para esse projeto, paramos por aqui.
E é isso. Quero muito botar esse jogo na mesa. Parece uma experiência no mínimo interessante.
NOTA: Não consegui me acertar com o paint para pintar o mapa. Então deixo o desenho apenas a cargo da imaginação de vocês.
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